São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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Líder do governo contesta senador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse ontem que nem o presidente Fernando Henrique Cardoso nem o Banco Central "estão orquestrando coisa alguma" contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), a fim de desviar a atenção dos verdadeiros problemas do país.
Em entrevista à Folha publicada ontem, Jader sustentou que torná-lo "o grande escândalo" nacional interessa a setores do governo e especialmente ao BC.
"O senador tem direito de se defender e torço para que o faça exitosamente. Mas é fundamental não permitir o embaralhamento dos fatos", disse ontem Virgílio.
Segundo o deputado, o Banco Central avalia que só se beneficiou dos resultados da CPI que investigou a operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam, na crise cambial de 99.
Segundo Jader, as acusações de desvio de verbas do Banpará que pesam contra ele são uma retaliação do BC ao fato de ter conseguido criar a CPI dos Bancos no Senado. Para Virgílio, o senador está prejulgando, quando "vive pedindo para não ser prejulgado".
Virgílio disse que, além dele, FHC também "torce muito" para que Jader consiga se explicar com êxito. Mas, segundo o deputado, Jader não pode acusar de querer decretar sua morte política um governo que o apoiou até recentemente.
"Não é verdade. Ele [Jader] passou esse tempo todo apoiando o governo e sendo muito útil em matérias essenciais", disse.


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