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SÃO PAULO
Professores afirmam terem sido convocados para recepção a governador
Visita de Alckmin interrompe aulas
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
A visita do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a Bragança Paulista
deixou cerca de 4.500 alunos da
rede municipal sem aula ontem.
A Prefeitura de Bragança (83
km de São Paulo) convocou os
cerca de 600 professores da rede
para recepcionarem o governador, de acordo com a categoria.
O vice-prefeito e secretário da
Educação de Bragança Paulista,
Amauri Sodré da Silva (PFL), disse que os professores e outros funcionários municipais foram "convidados" a participar da recepção
a Alckmin. O prefeito da cidade,
Jesus Chedid (PFL), disse que desconhecia a convocação, mas que
apoiava a decisão do secretário.
Segundo a Polícia Militar, de
800 a 1.000 pessoas acompanharam a visita. Alckmin foi reiniciar
oficialmente as obras de duplicação da rodovia Fernão Dias.
Um professora, que pediu para
não ter o nome divulgado, disse
que a convocação foi feita na noite
de anteontem pelas diretoras das
escolas. "Fomos avisados de que
deveríamos estar na manhã de
hoje [ontem" na sede da secretaria
[da Educação" e lá assinamos
uma lista de presença", disse. Segundo ela, dois ônibus foram colocados à disposição dos funcionários para irem ao local do evento -no trevo da Fernão Dias que
dá acesso à cidade.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, as oito creches da cidade, que atendem cerca de 500 crianças, e as 46 escolas
da zona rural, nas quais estudam
cerca de mil alunos, funcionaram
normalmente. "Nas escolas da cidade, as crianças ficaram em atividades com as monitoras. Aquelas que moram perto da escola
voltaram para casa." Segundo a
secretaria, as aulas foram normalizadas no período da tarde.
A assessoria de imprensa da
prefeitura informou que funcionários de "todos os setores" da
administração municipal foram
convidados para o evento.
Site
No último dia 23, o governo do
Estado tirou seu site do ar, cumprindo decisão liminar da Justiça.
A 12ª Vara da Fazenda Pública de
São Paulo havia ordenado que o
site tirasse do ar fotos e declarações de Alckmin.
A liminar foi concedida atendendo a pedido do PT. Os autores
da ação, o deputado estadual José
Zico e o vereador paulistano Devanir Ribeiro, argumentaram que
o governador utilizava o site para
autopromoção.
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