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Reforma agrária do presidenciável pode ter presença do MST
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de conviver às turras
durante sete anos e meio com Fernando Henrique Cardoso, o MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra) poderá participar da política fundiária de um
eventual governo do candidato
do presidente, José Serra.
A Folha teve acesso à última
versão do programa de reforma
agrária de Serra. O documento estabelece três premissas para melhorar a "eficiência e a eficácia" da
política de terras no país. A primeira é a "Participação das Organizações e Movimentos Sociais".
O documento ainda precisa ser
aprovado por Serra para ser anexado de forma definitiva ao seu
programa de governo.
Além das "organizações e movimentos sociais", a proposta prevê
também a participação de trabalhadores assentados ou a serem
assentados na política de terras.
As outras duas premissas são a
descentralização das ações e a
preservação ambiental.
A meta de assentamentos, segundo a versão do programa obtida pela Folha, é de 400 mil famílias até 2006. O custo estimado é
de R$ 6,5 bilhões. A prioridade é o
Nordeste, para onde é previsto o
assentamento de 160 mil famílias.
O programa prevê a criação de
consórcios intermunicipais, associação de municípios de uma região para a formulação de planos
de desenvolvimento rural. E sobre crédito, sugere a criação de
um fundo de desenvolvimento
rural ou de um banco público.
Forças Armadas
Se eleito, Serra pretende mandar as Forças Armadas ocupar as
fronteiras brasileiras, até criar a
Polícia Federal fardada.
A intenção foi revelada ontem
em entrevista à jornalista Miriam
Leitão, no programa "Espaço
Aberto", do canal de TV paga
"Globonews". "Tem que controlar toda a fronteira. É pela fronteira que entram as armas, compradas em quartéis da Bolívia, e as
drogas."
(RAYMUNDO COSTA)
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