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São Paulo, sábado, 26 de julho de 2003

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CÂMARA

Segurança da Casa foi junto

João Paulo repassa ação da PM e prepara defesa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia depois de chorar e acusar a imprensa de distorcer os fatos por causa da ação da tropa de choque da Polícia Militar no Congresso, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), convocou a chefia da segurança da Casa e repassou na manhã de ontem, in loco, todos os passos da ação policial de quarta-feira.
João Paulo foi à sala da segurança onde um servidor ficou detido na quarta e passou por todo o percurso interno utilizado pelos cerca de 20 policiais da tropa de choque da Polícia Militar na ocasião.
A reconstituição foi feita sem convocação da imprensa -apenas a Folha acompanhou a comitiva. Em vários pontos, o deputado parava e ouvia as explicações dos assessores, liderados pelo diretor de Segurança da Câmara, Gilmar de Morais Bezerra.
Entre outras coisas, eles disseram a João Paulo que, sem a tropa de choque, os manifestantes teriam quebrado os vidros de uma das entradas da Casa. Na ocasião, a polícia evitou a entrada dos manifestantes e prendeu um deles, que ficou detido por alguns minutos na sala da administração da Coordenação de Segurança Legislativa, no subsolo do Anexo 1.
João Paulo e a segurança vão argumentar, na apresentação do relatório de apuração que deve ser divulgado na semana que vem, que a PM apenas passou por um dos corredores da Câmara para chegar a tempo de conter os manifestantes. Caso os policiais fossem por fora do Congresso, teriam que passar entre os manifestantes, causando confronto.
A chefia da segurança da Câmara afirmou que entregaria o relatório ainda ontem a João Paulo, em que listaria episódios anteriores em que a PM entrou no Congresso. (RANIER BRAGON)


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