São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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NA ESCOLA

Professor diz que presidenciável tinha temperamento intempestivo

'Ciro sempre quis ser presidente'

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOBRAL

"Ciro sempre teve a ambição de ser presidente da República", afirma o professor holandês Petrus Johannes van Ool, 68, conhecido como professor Pedro, um dos que deram aula para Ciro Gomes (PPS) na mais tradicional escola particular de Sobral, o Colégio Sobralense.
Radicado no município desde 1966, para onde mudou-se depois de rodar o mundo para ser "vigário da roça", o professor e ex-padre afirma que Ciro tinha duas características que o marcaram. De um lado, era um aluno inteligente. De outro, tinha um temperamento considerado intempestivo e "aperreado" que obrigou o professor a muitas vezes chamar a atenção do aluno durante a aula.
"O Ciro sempre pegou as coisas no ar, não precisava percorrer o caminho laborioso do raciocínio, como os demais. Mas, na pressa de ver e entender as coisas, eu tinha de dizer: "Calma, vá mais devagar, tenha paciência" ", relembra o professor, que deu aulas de inglês e história durante dois anos ao presidenciável do PPS.
Segundo o professor, Ciro Gomes nunca aceitou ser o segundo, sempre lutava na classe para ser o primeiro aluno em tudo.
"Teve um episódio em que os alunos começaram a rabiscar a lousa e, quando os professores perceberam, mandaram apagar tudo. Depois, percebi que o único nome que não havia sido apagado era o de Ciro, bem no alto da lousa. Até nisso ele queria ser sempre o primeiro."
A ambição pela Presidência da República foi descrita em uma redação, entregue ao professor Petrus Johannes van Ool, em que Ciro escreveu "um dia serei presidente do Brasil".


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