|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROTESTO
Governador de Minas não vai a Brasília, mas critica declaração de FHC sobre ato das oposições hoje
Marcha não é "golpismo", diz Itamar
da Agência Folha
O governador de
Minas Gerais, Itamar Franco
(PMDB), rebateu
ontem as críticas do
governo federal à
"Marcha dos 100 Mil".
""O governo é de um cinismo
exuberante ao tentar qualificar a
marcha de golpismo", disse o governador mineiro, que antecedeu
Fernando Henrique Cardoso na
Presidência. Desde maio do ano
passado, FHC e Itamar estão
rompidos.
O governador afirmou que o
governo de FHC não é democrático. ""A promiscuidade no trato da
coisa pública, a alienação do patrimônio nacional -vide acordo
com o FMI (Fundo Monetário Internacional)-, a quebra do pacto
federativo e o descompromisso
com a Carta Magna são exemplos,
aí sim, de um governo não-democrático", afirmou.
A declaração de Itamar foi feita
por meio de nota, em razão da
""Marcha dos 100 Mil". O governador não vai comparecer ao ato da
oposição ao governo FHC.
O que motivou a nota foi o fato
de o presidente ter contestado a
marcha, afirmando que deve haver respeito à democracia. Na semana passada, o ministro Pedro
Malan (Fazenda) classificou de
""golpismo" a manifestação.
Rio
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio criticou o governador Anthony Garotinho
(PDT) por não ter dado apoio à
mobilização da marcha. Segundo
Alcebíades Teixeira, presidente
da CUT-Rio, Garotinho não atendeu às solicitações dos organizadores do movimento para ceder
ônibus para a caravana.
"Havíamos solicitado, inicialmente, 80 ônibus, depois diminuímos para 50, mas o governo
do Estado acabou não cedendo
nenhum", afirmou Teixeira.
Garotinho não quis comentar o
assunto. A vice-governadora, Benedita da Silva, informou por
meio de sua assessoria que fez
"tudo o que estava ao alcance" para apoiar a manifestação. Disse
que ônibus foram cedidos, mas
não soube informar quantos.
O governador do Amapá, João
Capiberibe (PSB), também não
irá participar da marcha, segundo
sua assessoria de imprensa, por
considerar que um impeachment
ou uma nova CPI não seriam
bons para o país. Apesar disso,
Capiberibe estará em Brasília.
O governador do Rio Grande do
Sul, Olívio Dutra (PT), vai participar da marcha porque, segundo
ele, ela expressará a ""insatisfação
com a política econômica do governo federal".
Colaborou a Sucursal do Rio
Texto Anterior: Advogados dizem que não há elementos para processar FHC Próximo Texto: Derrotado, ruralista dá lugar à marcha Índice
|