São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2000

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PAINEL

Sempre no poder
A subida de Tuma entusiasma a cúpula nacional do PFL, mas os reis do pragmatismo fizeram chegar ao Planalto que não descartam a passagem de Alckmin para o segundo turno. Se isso ocorrer, os pefelistas apoiarão o tucano, mas a recíproca é pouco provável. O grupo de Covas já avisou que não assimila o xerife.

Dois pesos
No acordo que fez com o Planalto, Tuma se comprometeu a não bater em FHC. Em relação a Alckmin, só acertou amenizar um pouco o tom das críticas. E agora tem mais motivos para preservar essa distinção básica.

Bom companheiro
As agruras da campanha de Tuma diminuíram após a conversa com FHC. Mas o pefelista é grato mesmo a Orestes Quércia, que ajudou a manter o barco à tona na tempestade. "Cumpriu tudo o que foi combinado", disse Tuma à chefia do PFL.

Namoro na TV
Os tucanos também tem a sua Hebe. Ao contrário da malufista histórica, que este ano sumiu do programa eleitoral do PPB, Gugu Liberato apareceu ontem na TV. batendo o maior "papo legal" com Geraldo Alckmin.

Ataque de nervos
O tenso telefonema trocado entre FHC e ACM na quarta passada teve origem em fax que o senador baiano enviou ao Planalto. Reclamava da interferência de ministros na eleição da Bahia em favor de adversários.

Fome insaciável
A reação do Planalto às reclamações de ACM foi dura. O baiano foi lembrado de que tem ministros no governo e de que a liberação de verbas para a Bahia é generosa. Não adiantou muito.

Entusiasmo de aprendiz
Aplaudido num comício em Americana, Paulo Renato (Educação) pegou gosto por palanque. Nos próximos dias, participa de comícios por todo o Estado. E vai treinando para 2002.


Questão de afinidade
Filho de Sérgio Paranhos Fleury, ícone da repressão e da tortura no regime militar, o também delegado Paulo Sérgio Fleury justifica assim o seu voto em São Paulo: "Pelo relacionamento pessoal e profissional que existiu, nós vamos apoiar e votar em Romeu Tuma".

Elogio preventivo
Marta Suplicy fez elogios rasgados ao PT no comício que realizou anteontem. É uma espécie de vacina para o segundo turno, quando, avalia-se na sua campanha, o adversário irá insistir ainda mais no "radicalismo" do partido para atingir a candidata.

Trincheira mineira
O TRE-MG proibiu a veiculação de propaganda do governo federal no Estado até o final da eleição. Diz a sentença que os anúncios representam um "achincalhe" a Minas e "uma manobra de cunho político-eleitoral", sugerindo que visaria atingir Itamar Franco e os candidatos por ele apoiados.

Tolerância zero
A Federação Israelita de São Paulo pedirá hoje à Secretaria de Segurança Pública reforço do policiamento nas sinagogas durante as festas Judaicas de Rosh Hashaná (29 a 31/9) e Yom Kipur (8 e 9 de outubro ). Teme atentados como os recentes contra a Anistia Internacional e líderes de movimentos gays.

Visita à Folha
Giovanni Barbieri, presidente mundial da Italtel, empresa do grupo Cysco Systems, um dos maiores fabricantes mundiais de equipamentos para a Internet, e Gianni Grisendi, presidente da Italtel Brasil S.A., visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço. Estavam acompanhados de Dario Faggioni, relações públicas da Italtel mundial, de Maristela Mafei, sócia-diretora da Máquina da Notícia, e de Inês Castelo, da Máquina da Notícia.

TIROTEIO

De Arnaldo Jardim, presidente do PPS paulista, sobre Lula criticar Ciro Gomes e insinuar que o PPS não terá um bom desempenho na eleição:
- Lula é precipitado. Está subindo no palanque presidencial muito antes do tempo, repetindo o que fez durante a campanha de 98. Deveria olhar antes para São Bernardo, sua cidade, onde o PPS está dando um banho no candidato do PT.


CONTRAPONTO

O piano da saudade
Paulo Maluf assume um ar nostálgico sempre que relembra de sua juventude, quando estudou piano. O ex-prefeito costuma dizer que, aos 17 anos, era um "virtuose" e poderia ter "seguido carreira" de pianista.
Na semana passada, em campanha, Maluf participou de uma palestra na seção do Butantã da Associação Comercial de SP.
Quando o questionaram sobre sua proposta para cultura, voltou a tocar no assunto:
- Quem me conhece sabe que adoro cultura!
Maluf disse, então, que, na época do vestibular, perguntou ao seu professor de piano se ele deveria prosseguir na carreira.
- Meu filho, se puder ter outra profissão, não seja pianista...
Nesse momento, Maluf fez um olhar triste e arrematou, provocando gargalhadas:
- Me arrependo profundamente. Quem sabe não seria mais feliz terrenamente...


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