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VOTAÇÃO
O ministro Néri da Silveira afirmou que os votos da grande maioria
dos 5.548 municípios brasileiros estarão apurados até a meia-noite do dia 1º de outubro
TSE defende o uso de urnas eletrônicas
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), José Néri da
Silveira, defendeu em palestra no
Ministério Público do Rio a utilização das urnas eletrônicas e afirmou que, até a meia-noite do dia
1º de outubro, estarão apurados
os votos da grande maioria dos
5.548 municípios.
Segundo o ministro, as urnas
eletrônicas "garantem a correção
absoluta na votação e apuração
do processo eleitoral".
"Este ano, todas as regiões do
Brasil vão utilizar a urna eletrônica. Os vícios nas fases do voto e
apuração estão banidos", disse
Néri da Silveira.
De acordo com o presidente do
TSE, das 325 mil seções do país,
apenas aquelas instaladas em cinco ou seis municípios do Acre, Pará e Mato Grosso, acessíveis apenas de helicóptero, terão seus resultados contabilizados depois do
dia 1º.
Os disquetes dessas urnas,
acrescentou, só poderão ser recolhidos na primeira hora do dia 2
de outubro.
Recontagem
Ao elogiar a rapidez do sistema
eletrônico, o ministro Néri da Silveira lembrou que até hoje a Justiça Eleitoral faz a recontagem de
votos das eleições de 1996 em regiões que ainda não utilizavam essas urnas.
O ministro disse que as urnas
passaram por testes e verificações
no ano passado.
Segundo ele, as urnas já foram
distribuídas aos municípios e estão recebendo a carga com a listagem dos candidatos, nomes de
eleitores e programas que fazem a
máquina funcionar.
"Os resultados serão totalizados
nas zonas eleitorais, retransmitidos no sistema on-line para a sede
do respectivo Tribunal Regional
Eleitoral e repassados ao serviço
de informática, que divulgará e
disponibilizará o resultado na Internet", declarou o presidente do
TSE.
"Verdade eleitoral"
Apesar dos elogios à tecnologia
empregada nas eleições, Néri da
Silveira disse que o país ainda não
atingiu "o ponto ótimo na busca
da verdade eleitoral", devido aos
abusos de poder econômico e político.
"Não me refiro apenas às questões do voto dos analfabetos e dos
menores, mas à educação dos homens públicos, que, por vezes,
coagem e até usam a violência na
busca de eleitores", afirmou Néri
da Silveira.
O ministro também convocou
uma "cruzada cívica contra a abominável compra de votos".
Segundo Néri da Silveira, a
ameaça de greve dos funcionários
da Justiça Eleitoral não atrapalhará o pleito.
O presidente do TSE afirmou
que está analisando as reivindicações e que confia no "espírito público dos servidores".
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