São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2000

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VOTAÇÃO
O ministro Néri da Silveira afirmou que os votos da grande maioria dos 5.548 municípios brasileiros estarão apurados até a meia-noite do dia 1º de outubro
TSE defende o uso de urnas eletrônicas

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), José Néri da Silveira, defendeu em palestra no Ministério Público do Rio a utilização das urnas eletrônicas e afirmou que, até a meia-noite do dia 1º de outubro, estarão apurados os votos da grande maioria dos 5.548 municípios.
Segundo o ministro, as urnas eletrônicas "garantem a correção absoluta na votação e apuração do processo eleitoral".
"Este ano, todas as regiões do Brasil vão utilizar a urna eletrônica. Os vícios nas fases do voto e apuração estão banidos", disse Néri da Silveira.
De acordo com o presidente do TSE, das 325 mil seções do país, apenas aquelas instaladas em cinco ou seis municípios do Acre, Pará e Mato Grosso, acessíveis apenas de helicóptero, terão seus resultados contabilizados depois do dia 1º.
Os disquetes dessas urnas, acrescentou, só poderão ser recolhidos na primeira hora do dia 2 de outubro.

Recontagem
Ao elogiar a rapidez do sistema eletrônico, o ministro Néri da Silveira lembrou que até hoje a Justiça Eleitoral faz a recontagem de votos das eleições de 1996 em regiões que ainda não utilizavam essas urnas.
O ministro disse que as urnas passaram por testes e verificações no ano passado.
Segundo ele, as urnas já foram distribuídas aos municípios e estão recebendo a carga com a listagem dos candidatos, nomes de eleitores e programas que fazem a máquina funcionar.
"Os resultados serão totalizados nas zonas eleitorais, retransmitidos no sistema on-line para a sede do respectivo Tribunal Regional Eleitoral e repassados ao serviço de informática, que divulgará e disponibilizará o resultado na Internet", declarou o presidente do TSE.

"Verdade eleitoral"
Apesar dos elogios à tecnologia empregada nas eleições, Néri da Silveira disse que o país ainda não atingiu "o ponto ótimo na busca da verdade eleitoral", devido aos abusos de poder econômico e político.
"Não me refiro apenas às questões do voto dos analfabetos e dos menores, mas à educação dos homens públicos, que, por vezes, coagem e até usam a violência na busca de eleitores", afirmou Néri da Silveira.
O ministro também convocou uma "cruzada cívica contra a abominável compra de votos".
Segundo Néri da Silveira, a ameaça de greve dos funcionários da Justiça Eleitoral não atrapalhará o pleito.
O presidente do TSE afirmou que está analisando as reivindicações e que confia no "espírito público dos servidores".


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