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Senado recebe relatório da tributária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao receber de João Paulo Cunha (PT-SP) o texto da reforma
tributária, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que, comparada com a reforma
da Previdência, a questão tributária "desperta dentro do Senado
um interesse e uma necessidade
de participação bem maiores".
Sarney prevê que as duas propostas serão aprovadas até novembro.
A votação do segundo turno da
reforma tributária na Câmara dos
Deputados terminou à 0h10 de
ontem, com a derrubada do último destaque (tentativa de modificação da proposta) apresentado
pelo PFL. O texto-base havia sido
aprovado duas horas antes, por
346 votos a 92 (38 votos a mais do
que o necessário).
"A Câmara assumiu seu papel
patrocinando acordos que ninguém via no horizonte", afirmou
João Paulo minutos antes da última votação. "Vieram aqui o Poder Judiciário, centrais sindicais,
governadores, empresários, prefeitos e servidores públicos. Patrocinamos acordos importantes
que melhoraram as propostas."
A avaliação dos governistas é a
de que serão necessárias várias
outras alterações no Senado.
A tramitação durou quase cinco
meses. Começou no dia 30 de
abril, com a entrega da proposta
ao Congresso. Desde então, o governo teve que negociar modificações para atender a vários lobbies,
incluindo da base aliada e do
PSDB, que fechou acordo com o
Planalto na reta final e isolou o
PFL na oposição à proposta.
Entre outras coisas, o texto
aprovado na Câmara prorroga a
CPMF (o "imposto" do cheque) e
a DRU (Desvinculação das Receitas da União, que permite o uso livre de 20% das receitas) até 2007,
além de federalizar a legislação e
definir novas regras para o ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços).
(RANIER BRAGON)
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