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México disputará com Brasil vaga em conselho
DO ENVIADO ESPECIAL AO MÉXICO
O México lançou-se como postulante a uma cadeira fixa no
Conselho de Segurança das Nações Unidas, como representante
da América Latina, tornando-se
adversário do governo brasileiro
nessa aspiração.
O presidente mexicano, Vicente
Fox Quesada, aproveitou a Assembléia Geral das Nações Unidas para fazer o pleito: "O objetivo é fortalecer o sistema de segurança coletiva para obter respostas oportunas, eficazes e um processo transparente de tomada de
decisões coletivas", justificou.
O México passará para o Brasil,
em 1º de janeiro de 2004, a representação rotativa do continente
no Conselho de Segurança. Ambos os países querem tornar-se
membros efetivos e defendem a
reestruturação do conselho, ampliando o número de nações com
assento fixo.
Em seu discurso na abertura da
Assembléia Geral da ONU, Lula
sustentou que a atual composição
do conselho, especialmente dos
cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China,
França e Reino Unido), "não pode ser a mesma de quando a entidade foi criada há quase 60 anos".
Afirmou que o Brasil estava
"pronto" para dar a sua contribuição em assuntos de segurança,
numa óbvia menção à intenção
do país de se tornar membro permanente do conselho.
Fox e Lula chegaram ontem à
Cidade do México, vindos de Nova York. O tema do Conselho de
Segurança estava na agenda do
encontro que manteriam no final
da noite, sem chances de chegarem a um acordo de um dos dois
lados desistir de sua pretensão.
Além de acordos econômicos e
do Conselho de Segurança, os
dois presidentes discutiriam a
cooperação internacional para o
combate à pobreza e a utilização
do território mexicano por imigrantes brasileiros que tentam entrar nos Estados Unidos.
(PF)
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