São Paulo, Terça-feira, 26 de Outubro de 1999
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Crime organizado no MA atinge os três Poderes

da Agência Folha, em São Luís

Os ramos do crime organizado no Maranhão infiltraram-se nos três Poderes do Estado, segundo as investigações da Polícia Civil e da CPI da Assembléia Legislativa.
Em razão disso, a polícia local mantém sigilo absoluto sobre vários detalhes de depoimentos de 17 pessoas que até ontem haviam sido presas nas apurações sobre a atuação de uma organização criminosa que teria vínculos em pelo menos 14 Estados.
O ex-comerciante de armas José João Soares, o Jota, depois de ser inquirido por sete dias pela polícia, depôs ontem aos integrantes da CPI do Crime Organizado da Assembléia Legislativa e disse que não iria falar tudo o que sabia por correr risco de morte.
Em seguida, Jota foi ouvido pelos 11 integrantes da CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados que chegaram ontem a São Luís. Mais 11 pessoas vão depor para os deputados federais.
"Cada vez mais se confirma que o esquema do Acre, o do Maranhão e o de Campinas tinham conexão", disse o relator da CPI do Narcotráfico, deputado Moroni Torgan (PFL- CE).
Jota, a exemplo de pelo menos outros três presos, apontou o deputado José Gerardo de Abreu como o líder do grupo no Estado.
A Corregedoria de Justiça do MA investiga a participação de juízes no crime organizado. Há acusações de facilitações de fugas de pessoas com pedido de prisão.


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