KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, recebeu ontem a declaração de apoio do deputado federal Inácio Arruda (PC do B), que, no primeiro turno, foi o pivô do racha no PT do Ceará que a deixou sem o respaldo da cúpula de seu partido.
Terceiro colocado na eleição, o deputado atrasou ao máximo o anúncio de seu voto no segundo turno por causa da própria derrota inesperada, mas ontem afirmou que vai entrar na campanha da petista "de corpo e alma": "O que imaginamos fazer pelas mãos do Inácio, vamos agora passar para as mãos da Luizianne", disse.
No primeiro turno, parte da cúpula do PT e do governo federal abandonaram a petista para ficar com Inácio, que era então considerado o favorito na disputa. Parafraseando os movimentos que marcaram a divisão do partido, "Sou PT, voto Inácio" e "Sou Lula, voto Inácio", os apoiadores do ex-candidato lançaram novo adesivo: "Sou Inácio, voto Luizianne".
Com a perspectiva de vitória, já que aparece nas pesquisas com vantagem sobre seu adversário, Moroni Torgan (PFL), a petista amenizou o discurso de que queria só apoios incondicionais e falou que precisa dos novos aliados.
Anteontem, houve o primeiro debate na TV desta reta final, marcado por insinuações, como a feita por Moroni sobre a família de Luizianne (ela não mora com o marido, com quem tem um filho) e sobre sua ideologia marxista. A petista, por sua vez, chamou-o de mórmon, nome dado aos integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O pefelista disse que é cristão.


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