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Onda governista em Estados fortalece Lula
Petistas estimam que, em eventual segundo mandato, presidente terá até 20 governadores como aliados
FÁBIO ZANINI
LETICIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Caso reeleito, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
quer aproveitar a eleição de um
grande número de aliados nos
governos estaduais para reforçar sua base no Congresso.
A campanha petista calcula
que o presidente terá entre 16 e
20 governadores em sua base
de apoio -a maioria eleita pegando carona na sua popularidade. Hoje, são 11 os aliados de
Lula. Entre os ganhos estão Estados importantes como Bahia,
Pernambuco e Ceará.
Nas últimas duas semanas,
Lula vem puxando para cima os
candidatos a governador que
apóia. Dos dez Estados em que
há segundo turno, a tendência é
de vitória de lulistas em seis:
Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão e Pará.
Os petistas vêem ainda chances de uma virada na Paraíba,
onde José Maranhão (PMDB)
está em empate técnico com
Cássio Cunha Lima (PSDB). No
Rio Grande do Sul, caiu a desvantagem de Olívio Dutra (PT)
para a tucana Yeda Crusius.
O motor para o crescimento
é a força da candidatura Lula,
que teve trajetória ascendente
durante o segundo turno.
"Teremos uma base de governadores como jamais sonhamos em ter", afirmou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Se reeleito, Lula deve convocar reunião com governadores
para discutir prioridades. A
idéia é fazer nova tentativa de
acordo para reforma tributária
e discutir temas como reforma
política e leis de cunho social.
Os governadores são considerados mais pragmáticos do
que os parlamentares e têm
grande controle sobre as bancadas na Câmara. Lula avalia,
em conversas reservadas, que o
clima político no Congresso
continuará quente.
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