São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 2002

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ESPÍRITO SANTO

Delegado da PF é exonerado por morte na prisão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA

O diretor-geral interino da Polícia Federal, Zulmar Pimentel, exonerou no início da noite de ontem do posto de superintendente do órgão no Espírito Santo o delegado Tito Caetano Correa, devido à morte, na sexta, do agricultor Manoel Correa da Silva Filho, testemunha-chave contra o crime organizado no Estado. Ele foi morto cerca de 1h30 após chegar à penitenciária Monte Líbano, em Cachoeiro do Itapemirim.
A assessoria do Ministério da Justiça não quis comentar o caso. A exoneração foi decidida em reunião com o ministro Paulo de Tarso Ramos Ribeiro.
Silva Filho testemunharia contra o coronel Walter Gomes Ferreira, apontado pela PF como membro de um grupo de extermínio e de uma quadrilha de roubo de cargas. O delegado que autorizou a transferência, Joaquim Borges, foi afastado.
Promotores e juízes do Espírito Santo disseram ontem que pode ter havido negligência da PF e até sugeriram a possibilidade de ação orquestrada do crime organizado no assassinato de Corrêa da Silva.
Promotores também solicitaram ao ministério a transferência imediata para Brasília do coronel Ferreira, temendo que ele, que pode dar informações importantes, também possa ser morto.
Um dossiê elaborado pelos juízes Alexandre Martins e Carlos Eduardo Lemos sobre a morte de Silva foi encaminhado ontem ao Tribunal de Justiça do ES, com novas denúncias contra Ferreira. (IURI DANTAS E EDUARDO SCOLESE)


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