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PRESTAÇÃO DE CONTAS
Já vitorioso, presidente recebe quase 20% do arrecadado
Parte das doações para FHC chega após a reeleição
da Sucursal de Brasília
Dos R$ 43,022 milhões arrecadados pelo comitê financeiro do presidente Fernando Henrique Cardoso, R$ 8,161 milhões (18,96%)
foram recolhidos depois de sua
reeleição.
Cerca de 45% das doações das
empreiteiras (R$ 4,1 milhões) foram feitas após a eleição, dia 4 de
outubro. Já vitorioso, FHC arrecadou mais que o dobro do que o
candidato Luiz Inácio Lula da Silva
recebeu em doações durante toda
a campanha (R$ 3,9 milhões).
A escassez de recursos durante a
campanha, que deixou uma dívida
de R$ 2,9 milhões, obrigou os auxiliares de FHC a continuar buscando contribuições até 3 de novembro, um mês depois da eleição e último dia para apresentar a prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Nos dez últimos dias, apareceram algumas das maiores contribuições: R$ 1,5 milhão de duas empresas ligadas à Companhia Vale
do Rio Doce e R$ 1 milhão da Inepar Indústria e Construções, que já
havia doado R$ 500 mil durante a
campanha.
Na reta final, a Copesul (Companhia Petroquímica do Sul), que já
havia doado R$ 1 milhão, fez nova
contribuição do mesmo valor.
A Klabin, fábrica de papel e celulose controlada pelo empresário
Pedro Piva, registrou uma doação
de R$ 102,7 mil no dia 19 de outubro. Piva é suplente do ministro
José Serra (Saúde) no Senado.
²
Dívida
O coordenador operacional da
campanha de FHC, Eduardo Jorge
Caldas Pereira, disse que houve
um esforço na reta final para reduzir o valor da dívida pendente, de
R$ 2,9 milhões. Ela terá de ser paga
pelo PSDB, partido do presidente
reeleito.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou a prestação de contas,
anteontem à noite, com pequenas
"recomendações". Determinou,
por exemplo, que R$ 80.200 recebidos de seis entidades de classe
fossem devolvidos porque elas são
proibidas de fazer contribuições.
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