São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2000


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Maioria arcaria com os custos

da Redação

Caso fossem empregadores, os paulistanos estariam dispostos a arcar com os gastos decorrentes do reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 136 para R$ 180 -o equivalente a cerca de US$ 100.
Para medir a disposição dos paulistanos em aceitar esse custo, o Datafolha apresentou duas situações hipotéticas para os entrevistados.
Na primeira, perguntou qual seria a atitude deles se pagassem a alguém um salário vinculado ao mínimo e ele subisse para R$ 180.
A maioria (80%) dos entrevistados disse que aceitaria pagar o novo valor.
Outros 10% tentariam negociar um acordo para chegar a um salário menor. Apenas 2% se recusariam a dar o aumento.
Na segunda hipótese, o Datafolha perguntou qual seria a reação se, como proprietários de uma empresa que estivesse passando por dificuldades financeiras, eles tivessem de pagar um salário mínimo de R$ 180 aos seus empregados.
Nesse caso, 52% dos entrevistados responderam que achariam justo o aumento e pagariam o novo valor. Outros 34% considerariam justo, porém tentariam buscar um acordo com os funcionários para diminuir os salários. Apenas 1% acharia justo mas recusaria a pagar.
Dos que não achariam justo o aumento, 6% pagariam assim mesmo o novo salário aos empregados; 2% tentariam negociar um valor menor e apenas 1% se recusaria a pagar o mínimo de R$ 180.

Valor único
A tese de um salário mínimo diferenciado por regiões é refutada por 75% dos moradores da cidade de São Paulo. Eles querem um valor único para todo o país, como é hoje.
Dos entrevistados, 22% defenderam a regionalização, sendo que a tese é mais bem aceita entre as pessoas com nível superior e maior renda familiar mensal (35%, nos dois casos).
No passado, o Brasil chegou a ter 51 diferentes valores para o salário mínimo, que variavam conforme a região geográfica do país.


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