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Brindeiro quer lei contra
tráfico de influência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, defendeu
ontem a criação de uma lei que
proíba a atuação de advogados na
mesma jurisdição onde um parente trabalhe como juiz.
A proposta do procurador, para
quem esta ação "preservaria a
imagem dos próprios tribunais",
foi feita em resposta à pergunta
sobre como ele avaliava o caso das
gravações feitas pela Polícia Federal em que aparece citado o nome
de Erick José Travassos Vidigal,
filho do vice-presidente do STJ
(Superior Tribunal de Justiça),
Edson Vidigal.
Segundo relatório da PF, Erick
participaria de um esquema de
negociação de decisões judiciais
para beneficiar integrantes do crime organizado em Mato Grosso.
Os dois negam a suspeita. Sobre o
caso, Brindeiro disse apenas que
defende que tudo seja apurado.
Rigor
"Alguns acham que essa lei seria
rigorosa demais, já que a Constituição prevê o livre exercício da
profissão. Eu acho que não, que
ela é perfeitamente razoável porque preservaria a lisura e o respeito do Judiciário, afastando qualquer dúvida sobre tráfico de influência", disse Brindeiro.
Depois de reportagem sobre o
assunto ter sido publicada na Folha, no último domingo, o ministro Vidigal pediu ao Ministério da
Justiça a investigação de quatro
crimes: tráfico de influência, corrupção ativa, exploração de prestígio e vazamento de documentos
e fitas confidenciais para a Folha.
(RB)
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