São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004 |
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PAINEL O impensável Na reunião de quarta, mais de um integrante do chamado "núcleo duro" sugeriu que alguma flexibilização fiscal cairia bem num momento em que o governo precisa gerar boas notícias. Palocci fez a defesa da cartilha atual. Lula ouviu em silêncio. O previsível "Com superávit de 4,25%, é impossível criar agenda positiva", reclamou um dos ministros presentes. No final, ficou acertada campanha publicitária para tentar reverter o dano causado pelo caso Waldomiro Diniz. Embalagem vistosa O Planalto pediu a ministros que enviem até segunda detalhes sobre seus projetos de maior visibilidade. Servirão de matéria-prima para a nova ofensiva publicitária do governo. A triagem será feita por Aldo Rebelo e Gilberto Carvalho. Arroz-de-festa Para associar a imagem de Lula às realizações das pastas, o governo também pediu a ministros um roteiro de inaugurações e entregas de prêmios das quais o presidente possa participar. Mão estendida Em busca de trégua, emissários de José Dirceu têm procurado líderes da oposição. O chefe da Casa Civil cogita reunir-se com os principais adversários do governo no Congresso na próxima semana para definir agenda conjunta de votações. Mínimos detalhes Na eventual reunião com oposicionistas, José Dirceu quer detalhar as providências investigativas tomadas pelo governo desde o aparecimento das denúncias contra Waldomiro Diniz. Supremo veneno Ministros do Supremo Tribunal Federal ligados a Maurício Corrêa criticam colegas que orientaram o Planalto na condução da batalha jurídica com os bingos. Chamam-nos pejorativamente de "governabilistas". Pedido de ocasião Anfitrião de Lula ontem, o governador Simão Jatene (PSDB-PA) reivindicou verbas federais para a conclusão da eclusa de Tucuruí e para obras nas rodovias BR-163 e Transamazônica. O presidente ficou de discutir o assunto durante reunião em Brasília na próxima semana. Lado escolhido O governo decidiu vitaminar a CPI do Banestado e tomar partido na divisão interna da comissão. A idéia é dar mais poder ao relator, o deputado petista José Mentor (SP), em detrimento do presidente, o senador tucano Antero Paes de Barros (MT). Equipe de reforço Nos próximos dias, a CPI do Banestado ganhará o reforço de técnicos da Receita Federal, do Banco Central e da Polícia Federal, além de 15 digitadores. O governo trabalha para impedir que a oposição ligue essa investigação ao caso Waldomiro Diniz e suas relações com os bingos. Olho no olho Personagens centrais da novela que terminará com a definição do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o presidente do partido, José Serra, tiveram conversa pós-Carnaval no Palácio dos Bandeirantes. Outra esplanada O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, foi convidado pela Unidos da Tijuca a participar, no sábado, do desfile das campeãs. A escola, que teve a ciência como tema este ano, ficou em segundo lugar. Didatismo legal O Supremo Tribunal Federal colocará uma radionovela no ar a partir de abril. Com cenas cotidianas, ela vai explicar direitos dos cidadãos. O programa, com transmissão por satélite ou pela internet, terá a população de baixa renda como público alvo. TIROTEIO De Paulo Pimenta (PT-RS), sobre a insistência de Eduardo Suplicy em defender a ida de José Dirceu ao Congresso para falar sobre o caso Waldomiro: -O Suplicy deveria deixar o papel de oposição para o Arthur Virgílio e agir como senador do governo. Excesso de ingenuidade é tolerável apenas em quem está começando na política. CONTRAPONTO Plenos poderes
Com a viagem de Lula à Venezuela e os problemas de saúde
do vice José Alencar, João Paulo
Cunha assumiu ontem à noite a
Presidência da República. Deverá ocupá-la por dois dias. |
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