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Contratos já eram apurados em 2002
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O histórico contratual entre a
GTech do Brasil, empresa responsável pela operação do sistema de
loterias do país, e a Caixa Econômica Federal é investigado pela
Controladoria Geral da União
desde o governo Fernando Henrique Cardoso -mais precisamente a partir de agosto de 2002.
O relatório da Controladoria diz
que o ministro Waldir Pires
(CGU), ao assumir o cargo no início de 2003, "encontrou este processo administrativo paralisado,
sem nenhuma providência tomada". A Controladoria, segundo o
relatório, afirma que ainda não
concluiu seus trabalhos em torno
do caso por ele estar envolto em
oito processos judiciais que correm na Justiça Federal. Diz que
trabalha em duas frentes:
1) "Fazendo uma completa varredura nos processos judiciais envolvendo a disputa GTech-Caixa,
para ver se foram esgotados todos
os recursos por parte da estatal na
tentativa de se libertar dos processos e realizar a licitação nos moldes pretendidos"; 2) "Acompanhando a execução do contrato e
as medidas que precisam ser tomadas pela Caixa para, ao final do
prazo do aditamento em vigor,
deixar a condição de refém da
Gtech, em que alega estar hoje".
Um resumo dos trabalhos da
CGU ficou pronto na última sexta-feira. Segundo o documento, à
época, a própria GTech apresentou uma representação à Controladoria na tentativa de evitar que a
Caixa não renovasse o "contrato
que mantinha com ela".
Outra motivação da GTech era
impedir que a Caixa dividisse o
contrato em quatro partes -o
que, segundo a empresa-, "exigiria investimentos superiores a
R$ 1 bilhão para a alteração do sistema que hoje opera as loterias".
Desde então, Caixa e GTech vêm
brigando judicialmente, com a estatal querendo romper o contrato
e pulverizar o número de empresas no país. Em abril de 2003, a
Caixa renovou por 25 meses o
contrato com a GTech.
(ES)
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