São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

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Contratos já eram apurados em 2002

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O histórico contratual entre a GTech do Brasil, empresa responsável pela operação do sistema de loterias do país, e a Caixa Econômica Federal é investigado pela Controladoria Geral da União desde o governo Fernando Henrique Cardoso -mais precisamente a partir de agosto de 2002.
O relatório da Controladoria diz que o ministro Waldir Pires (CGU), ao assumir o cargo no início de 2003, "encontrou este processo administrativo paralisado, sem nenhuma providência tomada". A Controladoria, segundo o relatório, afirma que ainda não concluiu seus trabalhos em torno do caso por ele estar envolto em oito processos judiciais que correm na Justiça Federal. Diz que trabalha em duas frentes:
1) "Fazendo uma completa varredura nos processos judiciais envolvendo a disputa GTech-Caixa, para ver se foram esgotados todos os recursos por parte da estatal na tentativa de se libertar dos processos e realizar a licitação nos moldes pretendidos"; 2) "Acompanhando a execução do contrato e as medidas que precisam ser tomadas pela Caixa para, ao final do prazo do aditamento em vigor, deixar a condição de refém da Gtech, em que alega estar hoje".
Um resumo dos trabalhos da CGU ficou pronto na última sexta-feira. Segundo o documento, à época, a própria GTech apresentou uma representação à Controladoria na tentativa de evitar que a Caixa não renovasse o "contrato que mantinha com ela".
Outra motivação da GTech era impedir que a Caixa dividisse o contrato em quatro partes -o que, segundo a empresa-, "exigiria investimentos superiores a R$ 1 bilhão para a alteração do sistema que hoje opera as loterias". Desde então, Caixa e GTech vêm brigando judicialmente, com a estatal querendo romper o contrato e pulverizar o número de empresas no país. Em abril de 2003, a Caixa renovou por 25 meses o contrato com a GTech. (ES)


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