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Sindicância ainda não começou investigação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Instalada há oito dias pelo ministro Aldo Rebelo (Coordenação
Política e Assuntos Institucionais), a comissão de sindicância
que investiga os atos de Waldomiro Diniz na Subchefia de Assuntos Parlamentares da Presidência já admite pedir a prorrogação dos trabalhos por mais 30
dias. A comissão avalia que talvez
não consiga concluir seu relatório
em três semanas.
Composta por três servidores
do Poder Executivo, a comissão,
desde que foi instalada, permanece numa fase de leitura de jornais
e revistas sobre o caso e na coleta
de documentos. De investigação,
por enquanto, nada foi feito.
"Estamos numa fase de coleta
de informações para depois definirmos o cronograma de nosso
trabalho. Estamos nos planejando", afirmou Amarildo Baesso,
servidor do Ministério da Justiça.
Os outros dois membros são
Edmar Fernandes de Oliveira, da
Advocacia Geral da União, e Fernando Luiz Albuquerque de Farias, assessor da subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. A
comissão trabalha no prédio anexo ao Palácio do Planalto.
A comissão, que deve entregar
seu relatório em 19 de março, já
trabalha com a possibilidade de
convidar o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares para prestar esclarecimentos sobre o caso que
gerou a maior turbulência política
do governo Luiz Inácio Lula da
Silva. Waldomiro, porém, não é
obrigado a aceitar o convite. Outras pessoas, segundo Baesso,
também serão convidadas.
"O objetivo é encerrar os trabalhos nos 30 dias, mas, caso não seja possível, principalmente pelo
volume de documentos que solicitamos e ainda aguardamos,
além das pessoas que temos de
ouvir, teremos de pedir a prorrogação", disse Baesso.
O ministro Aldo Rebelo, que
pode prorrogar por mais 30 dias o
prazo dos trabalhos das comissão,
disse ontem, em entrevista no Planalto, que entregou todos os documentos solicitados até agora
pelos servidores.
Questionado sobre o teor dos
documentos, o ministro ironizou:
"Não me lembro. Assinei e despachei. Foram vários documentos, e
eu não estou lembrado". Aldo
disse que não recebeu dos servidores nenhum resumo dos trabalhos feitos até agora. "Não me disseram nem eu pedi. A comissão é
independente e tem um prazo para apresentar um resultado."
Nenhum dos integrantes da comissão de sindicância trabalhou
em órgãos nos quais Waldomiro
ocupou cargos ao longo dos últimos anos.
(ES)
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