São Paulo, sexta, 27 de fevereiro de 1998

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NO AR
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NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

O encontro entre o secretário-geral de FHC e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral seria à tarde.
À tarde, o Palácio do Planalto informou à televisão que foi de manhã, longe das câmeras.
E o secretário "esclareceu" ao TSE que FHC inaugura obras, faz discursos, garante lugar nos telejornais, mas isso "não guarda qualquer relação com campanha".
Afinal, vai o argumento, é o que FHC faz desde o início do governo. É o "padrão".
Desde o início do primeiro mandato, ele só faz pensar no segundo.

A Globo, em sua cobertura regional, não dá trégua ao malufismo.
Ontem foram vídeos que mostravam a ligação entre o atual prefeito e um secretário com uma associação que anda vendendo apartamentos do Cingapura.
Também ontem, o registro de que caiu a liminar que obrigava o atual prefeito a pagar a dívida com a educação -do prefeito anterior. Agora, diz a emissora, a dívida só deverá ser paga pelo próximo prefeito.
Talvez seja o contrário: Paulo Maluf é que não dá trégua à Globo. O malufismo é um manancial.

O Estado -governos federal, estaduais e municipais- somou um déficit nas contas públicas que, diz o âncora Boris Casoy, surpreendeu o próprio governo FHC.
O Estado gasta mais e segue, ainda assim, em dissolução -serviços federais, estaduais ou municipais.
Agora é a Eletrobrás que avisa, na televisão, de blecaute em todo o sudeste do país, para a semana.

Na Record, ontem:
- Banco do Brasil confirma acordo para suspender dívida da Sersan, mas nega ter sofrido pressão política.
Como o malufismo, FHC é um manancial.



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