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Militares acertam
com Previdência
pontos da reforma
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministérios da Previdência e da Defesa já chegaram a um consenso sobre
pelo menos três pontos da
reforma da Previdência dos
militares: o fim das pensões
vitalícias para filhas de militares, o aumento do tempo
de contribuição de 30 para
35 anos e o fim da contagem
da academia militar como
tempo de contribuição.
Na semana passada, os
dois ministérios se reuniram
para mais uma rodada de
conversas sobre a reforma. A
idéia é manter os militares
em um regime previdenciário diferenciado e corrigir
distorções do atual sistema.
A proposta já tem respaldo
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Segundo o Ministério da
Previdência, o déficit previsto no regime dos militares
alcançará R$ 11 bilhões em
2004. Desse total, R$ 5 bilhões são relativos a pensões.
Hoje, os militares que ingressaram na carreira até
2000 têm o direito de deixar
para suas filhas pensão vitalícia. Para os que entraram
depois de 2000, também há a
possibilidade se o militar
contribuir com 1,5% de seu
salário. Os militares já aceitam mudar essas regras, que
ficariam iguais às atuais normas dos servidores e trabalhadores do INSS: os filhos
terão pensão até 21 anos.
Sobre o aumento do tempo de contribuição, a idéia é
criar regras iguais para civis
e militares: contribuição de
35 anos (homem) e 30 (mulher) para se aposentar.
A contagem do chamado
tempo fictício de contribuição (período em escolas preparatórias ou academias militares que hoje é contabilizado como tempo de contribuição) também acabará.
Ou os militares contribuiriam de fato no período ou
perderiam a contagem.
A Previdência ainda deve
insistir na idéia de igualar as
contribuições de civis e militares. Os militares passariam
a recolher 11,5% e não 7,5%,
como hoje.
(JULIANNA SOFIA)
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