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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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Déficit do INSS tem crescimento real de 14,1% em relação a 2002

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O déficit do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) apresentou um crescimento real - descontada a inflação- de 14,1% nos primeiros dois meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo negativo acumulado no bimestre foi de R$ 2,82 bilhões.
Segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a redução da massa salarial dos trabalhadores afetou negativamente a arrecadação do INSS no período. Isso porque a contribuição previdenciária incide sobre a folha de pagamento.
"Embora tenha ocorrido um aumento do emprego formal [com carteira assinada], a queda na renda do trabalhador foi mais forte, reduzindo a massa salarial", explicou o secretário.
Apesar do aumento do déficit acumulado no ano, o déficit do mês de fevereiro -R$ 1,055 bilhão- foi 40,2% menor, em termos reais, do que o de janeiro. Com relação a fevereiro de 2002, a redução ficou em 16,3%.
Schwarzer informou que a redução do rombo em fevereiro comparado com o de janeiro tem dois motivos: um aumento de 10,3% na arrecadação líquida do INSS e uma pequena queda nas despesas com pagamento de benefícios previdenciários (1,9%).
O principal motivo para a melhora na receita foi a boa performance do INSS na recuperação de créditos. Além disso, a transferência de contribuições da Previdência para o Sistema S (instituições como Sesc, Senai, e Sesi) foi menor em fevereiro.

Efeito greve
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda no déficit é explicada, principalmente, pelo "efeito greve". No segundo semestre de 2001, os servidores do INSS entraram em greve, provocando o represamento na concessão de benefícios.
Com o fim da greve, em novembro de 2001, os benefícios represados começaram a ser liberados nos meses seguintes. Isso elevou as despesas do INSS com o pagamento de benefícios atrasados. O resultado foi um aumento significativo no gasto com benefícios no início de 2002.


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