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Para Genoino, resultado é "alerta"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PT, José Genoino, considera um "alerta" a pesquisa do Ibope divulgada ontem
mostrando queda de 12 pontos
percentuais na aprovação do governo, a maior registrada desde o
início da gestão do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Já a cúpula do governo, formada pelo presidente Lula e seus
principais ministros, esperava
uma queda, mas não tão significativa, segundo apurou a Folha.
Pesquisas internas do próprio
Planalto já apontavam para um
preço do caso Waldomiro Diniz
em termos de popularidade.
"A pesquisa serve de alerta para
que façamos funcionar 100% essa
engrenagem entre governo, PT e
partidos aliados. Devemos trabalhar numa virada, numa ofensiva
política e econômica", afirma o
presidente do PT.
Segundo Genoino, são óbvias as
principais razões para a queda da
aprovação do governo Lula. Ele
avalia que houve uma "confluência" de três fatores mais importantes: o desgaste com o caso
Waldomiro Diniz, indicadores
econômicos ruins, como queda
de 0,2% do PIB (Produto Interno
Bruto) e alta taxa de desemprego,
e o que chamou de "confusões"
no governo federal.
Na avaliação do presidente do
PT, o caso Waldomiro passa a
perder força de agora em diante.
Ele acha que, nesse quesito, o pior
ficou para trás. Sobre os indicadores econômicos, Genoino afirma
que eles estão melhorando e vão
melhorar ainda mais.
Confusões
As "confusões" no governo, segundo o presidente do PT, foram
divergências entre ministros, como no episódio Roberto Rodrigues (Agricultura) contra Guido
Mantega (Planejamento), e uma
imagem de paralisia provocada
pelos efeitos do caso Waldomiro.
Genoino diz que, nos últimos
dias, Lula e seus principais ministros tomaram providências para
superar essas "confusões", fazendo reuniões para tocar projetos
do governo e resolvendo pendências dos ministérios.
Daí ele defender que seja necessária uma ofensiva política (melhor relacionamento com os partidos aliados no Congresso e com
o próprio PT) e uma ofensiva econômica (com medidas da chamada agenda positiva sendo efetivadas para gerar empregos).
(KENNEDY ALENCAR)
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