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Delegado da PF que investiga caseiro acusa procuradores de parcialidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O delegado da Polícia Federal
Rodrigo Carneiro Gomes, responsável pelo inquérito que investiga o caseiro Francenildo Costa e o vazamento de dados bancários dele, acusou os dois procuradores da República que acompanham a apuração de atuação parcial e sugeriu que eles agem movidos por "interesses politiqueiros".
Carneiro redigiu um texto às 2h
de sábado na revista eletrônica
"Consultor Jurídico", como comentário de uma matéria sobre o
pedido de habeas corpus dos procuradores para suspender a parte
da investigação policial que esclareceria suspeita de prática de lavagem de dinheiro pelo caseiro.
Os procuradores da República
no Distrito Federal Gustavo Pessanha Velloso e Lívia Nascimento
Tinôco entraram com o pedido
na sexta-feira, na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Ainda
não há decisão.
Eles afirmam que, no caso de
Francenildo, não há indício de
prática de crime de lavagem de dinheiro, porque inexistem sinais
de tentativa de ocultar a origem
de dinheiro recebido.
No texto, o delegado afirma que
os procuradores demonstram
"nítida abordagem política" e diz
que a imparcialidade do Ministério Público é essencial para o correto oferecimento de denúncia
contra pessoas investigadas.
Para o delegado, os procuradores não lhe dispensaram "o menor tratamento respeitoso". Ele
também lamenta o fato de eles
não o terem procurado antes de
entrarem com o pedido.
"Se tivessem feito um simples
telefonema, constatariam que a
pessoa referida [Francenildo] não
foi sequer indiciada, ouvida apenas para esclarecer os fatos. Não
presumi culpabilidade, assim como não presumi inocência."
A Folha não conseguiu localizar
os procuradores para comentar as
declarações do delegado.
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