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OUTRO LADO
Representantes de empresas e banco negam irregularidades
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Colucci Propaganda Ltda., Oscar Colucci, nega
que a Nossa Caixa tenha recusado
operações de crédito com sua
agência porque os contratos não
tinham sido prorrogados. "A Colucci, até o último instante, tinha o
direito de fazer o recebível na
Nossa Caixa, e usava isso quando
era necessário".
Segundo o publicitário, "era
uma operação em condições normais de cliente de banco, pagando
juros, nada especial". "Eu apresentava como garantia as faturas
do mês. A Nossa Caixa nunca
adiantou um tostão para a Colucci." Ele reafirma que assinou o
contrato "em encontro particular
[com Castro Júnior], num lugar
separado, fora do banco". Mas recusa-se a revelar o local.
"Não é normal, mas eu estava
procurando [Castro Júnior] fazia
meses para assinar o contrato. Eu
disse: vamos nos encontrar numa
esquina, num parque, onde você
achar melhor...". "Eu não diria
[que foi uma tentativa] escondida, mas uma tentativa muito forte
da minha parte, não desesperada,
mas dentro do meu direito de ter
o contrato assinado, porque eu
estava trabalhando e sem contrato não é possível".
"Eu recebi uma carta dele, com
60 dias de antecedência, dizendo
que o contrato seria assinado, a
carta está comigo, e que seria assinado oportunamente e que estava
OK a continuação do trabalho."
Ele diz que "é uma mentira muito grande" Castro Júnior afirmar
que sua versão é uma "fantasia".
"Jaime não tinha poder para assinar o contrato, mas tinha poder
para me trazer o contrato". "Minha grande inocência foi ter assinado o contrato e não ter ficado
com uma cópia", diz. Colucci nega ter recomendado à Full Jazz
não pressionar a Nossa Caixa.
O presidente da Nossa Caixa,
Carlos Eduardo Monteiro, disse,
em ofício ao Ministério Público,
que "nunca houve saque adiantado por parte das agências". "O
que ocorreu, como de resto praticado por vários fornecedores do
banco, do Estado e de outras empresas com créditos privados, foi
o desconto de recebíveis, negócio
puramente comercial, decidido
pela área comercial".
À comissão de sindicância, referindo-se ao ex-gerente Jaime de
Castro Júnior, Monteiro disse que
"se sentiu muito traído por alguém que gozou de sua inteira
confiança".
(FV)
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