São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br O lobista da vez
Deputados e senadores reconheceram de imediato
o prenome "Guilherme", citado de passagem na decisão judicial que deflagrou a Operação Castelo de
Areia. Trata-se de Guilherme Cunha Costa, que até
2007 era o operador político da Fiesp em Brasília.
Nesse ano, a pedido do vice-presidente da Camargo
Corrêa, Fernando Botelho, transferiu-se para o escritório da construtora na capital. Mas, segundo congressistas, Costa continua a lhes transmitir as mensagens do presidente da federação, Paulo Skaf. Fiscal. Nardes é o relator de processo que se arrasta desde maio de 2006, após uma auditoria constatar que aditivos do contrato da Camargo Corrêa para erguer as eclusas do Tucuruí (PA) foram reajustados acima do limite legal. Em 2008, a empreiteira recebeu R$ 55,5 milhões pela obra. Mais uma. Também no ano passado, o Ministério Público Federal no Pará entrou com ação contra a empresa, um deputado estadual e o ex-diretor geral do Dnit Luiz Francisco Silva Marcos. Há suspeita de desvio de R$ 6,8 milhões da obra das eclusas. Luz amarela. A Operação Castelo de Areia deixou o TCU em estado de atenção. Há pouco tempo, um emissário do Planalto fez chegar ao tribunal a informação de que dois de seus ministros estavam sob investigação. Libera geral. Escolhido relator da MP do pacote habitacional, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), vai dar dor de cabeça ao governo em pelo menos um ponto: pretende estender o programa às cidades com 50 mil habitantes. Pela proposta original, só aquelas com mais de 100 mil seriam atendidas. Sem-teto. A ação de Alves incluirá cerca de 4.000 cidades no projeto. A pressão dos deputados é imensa. No Rio Grande do Norte, por exemplo, só Mossoró e Natal são atendidas na versão inicial. Testemunhal. O locutor Luciano do Valle fez propaganda do pacote habitacional anteontem, durante a transmissão de São Paulo x Noroeste pela Band. "Isso só é possível graças à competência da minha amiga Maria Fernanda", sentenciou, numa referência à presidente da Caixa Econômica Federal. Tá no grampo. José Carlos Araújo (PR-BA), recém-eleito presidente do Conselho de Ética da Câmara, aparece em diálogos monitorados na Operação Satiagraha. O arquivo está em poder da CPI. Sacudido. O mensaleiro José Janene (PP-PR), que adiou seu processo de cassação até ser absolvido e hoje recebe aposentadoria por invalidez, será candidato à Câmara. Reabilitado. Marco Antônio Desgualdo, delegado-geral da Polícia Civil no governo de Geraldo Alckmin, é o novo diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Sem fim. Adversários de Eduardo Paes apostam que o prefeito do Rio vai se consumir com seu "choque de ordem". O que mais há na cidade, observam, é edifício irregular em favela. "Não vai fazer outra coisa a não ser derrubar prédio", diz um desafeto. Aéreo. Jaques Wagner venceu queda-de-braço com a oposição e emplacou o deputado Nelson Pellegrino (PT) para coordenar a bancada baiana no Congresso. Sua primeira missão é tentar evitar que a regional da Infraero, com orçamento de R$ 88 milhões, migre para Recife. Visita à Folha. Paulo Uebel, diretor-executivo do instituto Millenium, visitou ontem a Folha. Tiroteio "Falar sobre eleição a ministra não quer. Mas é só convidá-la para fazer campanha antecipada em qualquer lugar do Brasil que ela topa." Do deputado FELIPE MAIA (DEM-RN), criticando Dilma Rousseff pelo bordão, repetido ontem, de que "nem amarrada" falará sobre sua candidatura à Presidência. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Contraponto
Jutahy Magalhães (1929-2000), pai do deputado federal
Jutahy Júnior (PSDB-BA), estava em seu primeiro mandato na Câmara, em 1974, quando visitou Antas, onde havia sido muito bem votado. Edvaldo Nilo, líder da região,
aproveitou para pedir ajuda. Seu projeto era levar uma
agência bancária para o município baiano. |
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