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Advogados pedem soltura dos detidos ao TRF
Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que defende funcionários da Camargo Corrêa, diz que ainda não teve acesso aos autos
Em nota, a Fiesp negou distribuir dinheiro a servidor público, fazer "pagamentos por fora" ou obter "benefícios indevidos em obras públicas"
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados dos presos na
Operação Castelo de Areia
apresentaram ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região habeas corpus para a libertação imediata dos detidos.
Não houve decisão sobre os pedidos de soltura até o começo
da noite de ontem.
O advogado Antônio Claudio
Mariz de Oliveira, que defende
diretores e secretárias da Camargo Corrêa, afirmou que
preparou o habeas corpus apenas com as informações do despacho que determinou as prisões, pois não obteve acesso aos
autos da investigação policial.
O habeas corpus ao TRF foi
apresentado para libertar os
três diretores que estão em regime de prisão preventiva, que
não tem prazo determinado.
São eles: Pietro Francesco Giavina Bianchi, Fernando Dias
Gomes e Dárcio Brunato.
Segundo Mariz de Oliveira,
"não há provas de que os detidos tenham feito pressão sobre
testemunhas ou demonstrado
intenção de fugir".
O advogado disse ainda que
não há razão para manter os
clientes dele encarcerados,
uma vez que a polícia já teria
recolhido todas as provas que
poderia nas buscas e apreensões feitas anteontem e ao longo de um ano de investigações.
O diretor da empresa Raggi
Badra Neto e as secretárias
Darcy Alvarenga e Marisa Iaquinto foram alvo de prisão
temporária, que tem duração
de cinco dias. Para eles, a defesa
apresentou um pedido de reconsideração ao próprio juiz
que determinou as detenções.
O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do suíço
Kurt Paul Pickel, acusado de
ser o doleiro responsável pela
organização do suposto esquema criminoso, disse que a decretação da prisão de seu cliente é "desprovida de fundamentação" e atinge "injustamente
um quase septuagenário, homem íntegro".
Toron também recorreu ao
TRF e disse que a decisão sobre
a libertação pode sair hoje.
Ontem a Fiesp e seu presidente, Paulo Skaf, negaram, por
meio de nota, qualquer "distribuição de dinheiro para funcionários públicos", "pagamentos
por fora" ou "obtenção de benefícios indevidos em obras
públicas".
A nota afirma que a Fiesp não
"está impedida de -num ato legal e legítimo, observadas, rigorosamente, todas as exigências
e formalidades jurídicas, promover relações institucionais
entre empresas e partidos políticos". A Fiesp ainda declarou
que não faz contribuições a
candidatos ou partidos.
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