São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

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Advogados pedem soltura dos detidos ao TRF

Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que defende funcionários da Camargo Corrêa, diz que ainda não teve acesso aos autos

Em nota, a Fiesp negou distribuir dinheiro a servidor público, fazer "pagamentos por fora" ou obter "benefícios indevidos em obras públicas"

FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os advogados dos presos na Operação Castelo de Areia apresentaram ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região habeas corpus para a libertação imediata dos detidos. Não houve decisão sobre os pedidos de soltura até o começo da noite de ontem.
O advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que defende diretores e secretárias da Camargo Corrêa, afirmou que preparou o habeas corpus apenas com as informações do despacho que determinou as prisões, pois não obteve acesso aos autos da investigação policial.
O habeas corpus ao TRF foi apresentado para libertar os três diretores que estão em regime de prisão preventiva, que não tem prazo determinado. São eles: Pietro Francesco Giavina Bianchi, Fernando Dias Gomes e Dárcio Brunato.
Segundo Mariz de Oliveira, "não há provas de que os detidos tenham feito pressão sobre testemunhas ou demonstrado intenção de fugir".
O advogado disse ainda que não há razão para manter os clientes dele encarcerados, uma vez que a polícia já teria recolhido todas as provas que poderia nas buscas e apreensões feitas anteontem e ao longo de um ano de investigações.
O diretor da empresa Raggi Badra Neto e as secretárias Darcy Alvarenga e Marisa Iaquinto foram alvo de prisão temporária, que tem duração de cinco dias. Para eles, a defesa apresentou um pedido de reconsideração ao próprio juiz que determinou as detenções.
O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do suíço Kurt Paul Pickel, acusado de ser o doleiro responsável pela organização do suposto esquema criminoso, disse que a decretação da prisão de seu cliente é "desprovida de fundamentação" e atinge "injustamente um quase septuagenário, homem íntegro".
Toron também recorreu ao TRF e disse que a decisão sobre a libertação pode sair hoje.
Ontem a Fiesp e seu presidente, Paulo Skaf, negaram, por meio de nota, qualquer "distribuição de dinheiro para funcionários públicos", "pagamentos por fora" ou "obtenção de benefícios indevidos em obras públicas".
A nota afirma que a Fiesp não "está impedida de -num ato legal e legítimo, observadas, rigorosamente, todas as exigências e formalidades jurídicas, promover relações institucionais entre empresas e partidos políticos". A Fiesp ainda declarou que não faz contribuições a candidatos ou partidos.


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