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Painel
Salvando só o seu
Pareceres jurídicos em poder
do Planalto dizem que só o presidente poderá concorrer à reeleição no cargo, em 98. Devido à Lei
das Inelegibilidades, os governadores teriam de deixar seus postos seis meses antes da eleição.
Bola dividida
Embora o Planalto considere
``sólidos'' os argumentos de que
os governadores terão de sair para concorrer à reeleição em 98, a
questão divide o STF. E a maioria, conta um ministro, acha que
eles podem disputar no cargo.
Vale tudo
Para preservar sem mudanças
a emenda da reeleição no Senado, o Planalto está disposto até a
patrocinar modificações na Lei
das Inelegibilidades. Para deixar
claro que os governadores terão
de se afastar para concorrer.
Grande sucesso
A banca de revistas que funciona no anexo do Palácio do Planalto ganhou nova gerência e
um novo visual: uma profusão
de fitas de vídeo e revistas eróticos. O best-seller é o livro ``Como Emagrecer Fazendo Sexo''.
Reis da bravata
Ao contrário do que diziam
PMDB e PFL, a lei de teles acabou ficando como Serjão queria.
Não há clima
O bate-boca de Inocêncio Oliveira (PFL-PE) com Aécio Neves
(PSDB-MG) surtiu efeito: a
substituição de Benito Gama
(PFL-BA) na liderança do governo saiu de pauta. Por enquanto.
Alvo fixo
Avaliação feita por um ministro a FHC. O excesso de força dado ao presidente pela aprovação
da reeleição, por paradoxo, é
uma fraqueza. Une todos os candidatos à sucessão numa guerra
para desgastar o governo.
Reeleição petista
O PT fará seu encontro nacional no Rio, no Hotel Glória, entre 29 e 31 de agosto. José Dirceu
deverá ser conduzido à presidência por mais dois anos.
Pano para manga
Indicado por Inocêncio para
presidir a comissão do FEF, Luciano Pizzatto (PR) impôs condição: liberdade para tentar reduzir contribuições dos municípios. O líder do PFL topou.
Saída de emergência
O PFL tem duas propostas para
reduzir, em até 70%, as perdas
de municípios com o FEF: criação da 13¦ parcela do fundo de
participação ou de um fundo
com recursos do FEF para cidades com até 150 mil habitantes.
Balão de oxigênio
FHC deve repensar o espaço de
Luiz Carlos Santos no governo.
Diagnóstico: o ministro foi atropelado por Sérgio Motta (Comunicações) na coordenação política e precisa urgentemente de um
gás extra do presidente.
Fora de hora
Serjão (Comunicações) está
sendo aconselhado a baixar a
bola nas previsões de que o
PSDB elegerá 200 deputados. Inquieta os partidos aliados e atrapalha a votação das reformas.
Mordomo da República
O Planalto quer endurecer na
votação da reforma administrativa. Se perder, jogará sobre o
Congresso a culpa por duas consequências: falta de aumento para o funcionalismo e demissão
em massa de não-estáveis.
Meu mundo caiu
A derrota na votação da reforma administrativa devolveu a
realidade aos governistas. ``Os
370 votos da reeleição não são
seguros. Com certeza, dá para
contar só com 320. Não há folga'', diz o tucano Aécio Neves.
Economia mineira
O Instituto Lumen (PUC-MG)
está concluindo uma pesquisa
sobre as perspectivas do emprego no Estado de Minas Gerais
nos próximos dois anos. A tendência é de redução das vagas,
com uma exceção: Juiz de Fora.
Politicamente correto
A freira Ivone Gebara, proibida pelo Vaticano de falar publicamente por suas idéias sobre
aborto, dá palestra dia 15 no
Conselho da Condição Feminina
de São Paulo. Tema: ``A Masculinização da Mãe Terra e a Globalização dos Desenraizados''.
E-mail:painel@uol.com.br
TIROTEIO
De Sandra Starling (PT-MG),
sobre emenda constitucional
aprovada em 1º turno no Senado
regulamentando uso de MPs
(medidas provisórias):
- Vamos tentar mudá-la na
Câmara. A proposta é uma volta
atrás. A junta militar reencarnou
no Fernando Henrique Cardoso.
CONTRAPONTO
Ilustre quem?
A Comissão de Minas e Energia da Câmara deveria ter tomado na quarta o depoimento de d.
Luciano Mendes de Almeida sobre a privatização da Vale.
O arcebispo não apareceu, o
que levou Roberto Campos
(PPB-RJ) a dizer que a falta dele
poupara todos de uma ``sessão
espírita''.
- D. Luciano reviveria o fantasma do presidente Arthur Bernardes (22-26), quando se discutia o valor estratégico do minério-de-ferro, como agora.
José Maurício (PDT-RJ) não
gostou e atacou Campos:
- O sr. é um octagenário traidor da pátria!
Calmo, Campos retrucou que,
quando a história brasileira dos
últimos 50 anos for escrita, seu
nome aparecerá, pelo menos em
nota de rodapé, como criador do
BNDE e do Plano de Metas de JK.
E arrematou:
- Mas os pesquisadores, tenho certeza, terão dificuldade
em responder a uma indagação.
``Quem é José Maurício?''
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