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SANTO ANDRÉ
Acusados por fraude já têm 3 condenações
DA REPORTAGEM LOCAL
Das oito ações cíveis propostas
pelo Ministério Público por irregularidades na administração do
prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel (PT), três tiveram condenações em primeira
instância. No total, a Promotoria
estima em R$ 55,45 milhões o
prejuízo causado ao município.
O ex-secretário municipal e ex-vereador Klinger Luiz de Souza
foi condenado em três ações à
suspensão dos direitos políticos
por cinco anos, ao pagamento de
multa e foi proibido de trabalhar
para um órgão público.
O empresário Ronan Maria Pinto, apontado pela Promotoria como um dos operadores de esquema de propina, foi condenado em
dois processos à suspensão dos
direitos políticos. Empresa sua, a
Rotedali, de limpeza pública, foi
proibida de negociar com o poder
público por cinco anos.
As decisões judiciais são em primeira instância e os acusados podem e vão recorrer. As penas não
têm aplicação imediata. Só passam a valer depois que o processo
transitar em julgado (quando não
couber mais recursos).
Para o Ministério Público, Ronan e Klinger operavam ao lado
de Sérgio Gomes da Silva, ex-segurança de Daniel, na coleta de
propina de empresários da cidade. Gomes da Silva foi apontado
como o mandante do assassinato
de Daniel, morto em 2002.
Para o Ministério Público, a
morte de Daniel está vinculada ao
suposto esquema de corrupção.
Ronan informou, por meio da
assessoria de imprensa, que ficou
"parcialmente satisfeito" com a
sentença que, segundo ele, reconheceu que sua empresa foi contratada por oferecer o menor preço, prestou o serviço corretamente, não houve dano aos cofres públicos e não existiu ganho ilícito.
Klinger também irá recorrer da
sentença porque, segundo ele, os
contratos não causaram dano à
prefeitura nem houve intenção de
favorecer o empresário.
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