São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 2006

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SANTO ANDRÉ

Acusados por fraude já têm 3 condenações

DA REPORTAGEM LOCAL

Das oito ações cíveis propostas pelo Ministério Público por irregularidades na administração do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel (PT), três tiveram condenações em primeira instância. No total, a Promotoria estima em R$ 55,45 milhões o prejuízo causado ao município.
O ex-secretário municipal e ex-vereador Klinger Luiz de Souza foi condenado em três ações à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de multa e foi proibido de trabalhar para um órgão público.
O empresário Ronan Maria Pinto, apontado pela Promotoria como um dos operadores de esquema de propina, foi condenado em dois processos à suspensão dos direitos políticos. Empresa sua, a Rotedali, de limpeza pública, foi proibida de negociar com o poder público por cinco anos.
As decisões judiciais são em primeira instância e os acusados podem e vão recorrer. As penas não têm aplicação imediata. Só passam a valer depois que o processo transitar em julgado (quando não couber mais recursos).
Para o Ministério Público, Ronan e Klinger operavam ao lado de Sérgio Gomes da Silva, ex-segurança de Daniel, na coleta de propina de empresários da cidade. Gomes da Silva foi apontado como o mandante do assassinato de Daniel, morto em 2002.
Para o Ministério Público, a morte de Daniel está vinculada ao suposto esquema de corrupção.
Ronan informou, por meio da assessoria de imprensa, que ficou "parcialmente satisfeito" com a sentença que, segundo ele, reconheceu que sua empresa foi contratada por oferecer o menor preço, prestou o serviço corretamente, não houve dano aos cofres públicos e não existiu ganho ilícito.
Klinger também irá recorrer da sentença porque, segundo ele, os contratos não causaram dano à prefeitura nem houve intenção de favorecer o empresário.


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