São Paulo, Terça-feira, 27 de Abril de 1999
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Subprocurador também depõe

da Sucursal de Brasília

O subprocurador-geral da República na Paraíba, Eitel Santiago de Brito, disse ontem à CPI do Judiciário que se afastou da investigação dos casos de nepotismo e uso indevido de dinheiro público no TRT (Tribunal Regional Federal) da Paraíba porque estava sendo ameaçado de morte.
"Desde que me afastei, as ameaças cessaram, graças a Deus, e eu não quero ressuscitá-las."
Brito confirmou as denúncias feitas pelo funcionário do TRT-PB Antonio de Pádua Pereira Leite, um dos primeiros a depor na CPI do Judiciário. As informações desse funcionário levaram à intervenção do TST (Tribunal Superior do Trabalho) no TRT.
"Quero que conste nos autos que o ministro (Almir) Pazzianotto esteve lá (na Paraíba) e nada melhorou", disse o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), presidente do Senado e patrono da CPI do Judiciário. ACM e Pazzianotto trocaram acusações publicamente antes da instalação da comissão. A Folha procurou Pazzianotto, mas não obteve resposta.
Brito confirmou que o TRT comprou um terreno superfaturado para instalação do arquivo morto do tribunal sem ao menos consultar a Delegacia do Patrimônio para saber se a União não teria imóvel disponível.
O terreno, disse, foi avaliado pelo leiloeiro oficial da Prefeitura de João Pessoa em R$ 420 mil dois meses após o tribunal ter pago R$ 710 mil pelo lote.
O antigo proprietário do imóvel, Antonio Almério Ferreira Marra, teve seu sigilo bancário quebrado pela CPI na semana passada.


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