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MISTÉRIO EM AL
Delegado revela depoimentos
Caseiro contradiz seguranças de PC
da Agência Folha, em Maceió
O depoimento prestado à polícia
na semana passada pelo casal que
toma conta da casa de praia onde
morreram Paulo César Farias e sua
namorada Suzana Marcolino complicou a situação dos seguranças
do empresário alagoano.
Marize Vieira de Carvalho (cozinheira) e seu marido, Leonino Tenório de Carvalho (caseiro), disseram aos delegados Antônio Carlos
Lessa e Alcides Andrade que, no
dia anterior às mortes, o decorador e pai-de-santo Gilson Lima da
Silva esteve na casa de praia com
PC. ""Essa informação é relevante
porque todos os seguranças do PC
negavam a presença do Gilson",
disse Lessa, que revelou ontem o
depoimento do casal.
Até então, apenas o segurança
Rinaldo da Silva Lima, assassinado
no dia 2 de abril em Maceió, havia
confirmado a presença do decorador. Relatório da Polícia Federal,
que participou do primeiro inquérito sobre as mortes, diz que o fato
de Rinaldo ter confirmado a declaração de Silva de que esteve na casa
com PC ""coloca em dúvida as afirmações das outras testemunhas".
Essas testemunhas são os seguranças, que disseram que entre
11h30 e 14h30 PC esteve caminhando na praia. Para Lessa, a informação é relevante. ""Quatro testemunhas dizem que o Gilson estava na
casa. Como eles dizem que não?"
Os filhos de PC, Paulo, 17, e Ingrid, 19, no depoimento que prestaram na semana passada, afirmaram que passearam na praia com o
pai e que não viram o decorador.
Para o delegado, o fato de os filhos de PC não terem visto Silva
não reforça as declarações dos seguranças Geraldo da Silva e Adeildo dos Santos, que estavam na casa
quando o casal foi morto, e Reinaldo Correia de Lima Filho e Josemar Faustino dos Santos, que teriam chegado pela manhã, antes de
os corpos serem encontrados. Os
seguranças disseram não ter ouvido nenhum tiro.
Os delegados vão indiciar como
co-autores da morte de Suzana e,
talvez, pela morte de PC, os seguranças que estavam durante a noite na casa de praia.
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