e da Reportagem Local

O vice-presidente sênior do Itaú Olavo Bueno Júnior admitiu ontem que poderão ocorrer demissões no Banerj.
"É muito mais importante tentarmos preservar os empregos de 80% (dos empregados) que enterrar 100% juntos. O próprio sindicato compreende isso", disse Bueno Júnior, pouco depois do leilão.
Mas a intenção do Itaú, segundo Roberto Setubal, presidente do banco, é fazer "o negócio crescer". Setubal afirmou ontem, em São Paulo, que o Itaú investirá R$ 50 milhões na modernização do banco.
O Banerj tem cerca de 7.500 funcionários. Em 1994, eram cerca de 12 mil.
Antes da compra do Banerj, o Itaú tinha, em todo o Brasil, 1.010 agências, sendo 120 delas no Rio. As agências do Banerj agregarão outras 163 agências ao grupo Itaú no Estado do Rio. O Banerj tem, ainda, outras 27 agências em outros pontos do país.
As agências incorporadas não alteram, entretanto, a sua posição no ranking. O Itaú é o segundo maior banco privado brasileiro.
O patrimônio líquido do Banco Banerj S/A é de R$ 181,4 milhões, enquanto o do Itaú somava em março R$ 3,96 bilhões.
Sem contar o recém-comprado Banerj, o grupo Itaú tem outras cinco instituições financeiras: o Banco Francês e Brasileiro (comprado no final de 95), Itaú Europa, Itaú Argentina, Itaú Bankers Trust e Itaú Luxemburgo.
Segundo Setubal, o Itaú não pretende comprar mais nenhum banco nos próximos dois anos. "Estamos satisfeitos, por enquanto."

Greve
Bueno Júnior não quis falar sobre o que o Itaú fará em relação à greve que os funcionários do banco privatizado decretaram ontem. "Imagina se já temos alguma determinação para o Banerj."
O representante do Itaú prometeu uma transição "sem trauma". Ele lembrou que "o Itaú cresceu incorporando outros bancos".
Roberto Setubal será o novo presidente do Banerj, acumulando a função com a presidência do Itaú.



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