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Bozano, Simonsen
fica com R$ 15,55 mi
da Sucursal do Rio
O Banco Bozano, Simonsen, gestor privado do Banerj desde janeiro de 96 até sua privatização, receberá, em dinheiro, R$ 15,55 milhões pela venda do banco, o correspondente a 5% do preço obtido.
O presidente do Bozano, Paulo
Ferraz, disse à Folha que o pagamento será feito em dinheiro, embora o governo do Rio deva receber títulos públicos (as chamadas
"moedas podres") do Banco Itaú
em pagamento pelo banco.
Com isso, o Bozano terá recebido um total de R$ 51,55 milhões
pela gestão do Banerj em 18 meses.
Em maio do ano passado, ele havia
recebido R$ 36 milhões.
R$ 0,01
Quando venceu a licitação para
gerir o Banerj, o Bozano pediu como remuneração um fixo de R$
0,01 mais 20% do valor arrecadado
com a venda. O banco gestor receberia também uma participação
em ações preferenciais (sem direito a voto) do Banerj.
Foi feito depois um aditivo ao
contrato definindo a nova forma
de remuneração, que, na prática,
reduziu o valor do pagamento em
relação à fórmula original, contestada pelo TCE-RJ (Tribunal de
Contas do Estado do Rio).
O Bozano, Simonsen foi contratado para preparar o Banerj para a
privatização e gerir o banco até
que a venda se concretizasse.
O Banerj estava sob Raet (Regime de Administração Especial
Temporária) do BC (Banco Central) desde 31 de dezembro de 94,
véspera da posse de Marcello
Alencar (PSDB) no governo do Rio
de Janeiro.
Para viabilizar a gestão privada e
garantir a sobrevivência do Banerj
no período de saneamento, o BC
prorrogou o Raet por um ano e,
depois, por mais seis meses. Haveria nova prorrogação se o Banerj
não fosse vendido.
Durante o processo de saneamento do Banerj, que no balanço
de 1995 apresentava um rombo de
R$ 1,86 bilhão, o banco teve seu
quadro de pessoal reduzido de
aproximadamente 11,5 mil para
cerca de 7,4 mil empregados.
Além disso, cerca de 25 agências
foram fechadas.
(CHICO SANTOS)
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