São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2001

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PAINEL

Cabeça cortada
Jader Barbalho foi excluído pela primeira vez da lista anual dos cem parlamentares mais influentes do Congresso, concluída ontem pelo Diap. Preocupado apenas em defender-se de acusações, o presidente do Senado deixou de ter articulação política, explica o órgão.

Efeito dominó
A lista "Os Cabeças do Congresso", feita pelo oitavo ano pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), também mostra o desgaste do grupo político de ACM. Dos 23 carlistas do Congresso, apenas José Carlos Aleluia aparece entre os mais influentes.

Sangue novo
A relação dos cem parlamentares mais influentes sofreu a maior renovação nos oito anos de publicação: 23 deputados aparecem pela primeira vez. O PT lidera a lista, com 22 nomes, seguido do PSDB, que tem 18.

Prévia acertada
O secretário-geral do PMDB, deputado Saraiva Felipe (MG), afirma que governistas e itamaristas bateram o martelo sobre a prévia para a escolha do candidato do partido a presidente da República. Da convenção do dia 9 de setembro sairá o pré-candidato do PMDB à Presidência.

Forrest Gump
Após tentar por uma hora convencer Itamar a desistir da presidência do PMDB, Pedro Simon desabafou: "Como, às vezes, o caminho errado que você escolhe acaba dando certo, respeito e apóio a sua decisão".

Passado apagado
Depois de todo barulho, Álvaro Dias pode ser recebido de volta pelo PSDB. Pragmático, o partido teme ficar sem palanque no ano que vem no Paraná.

Vida dura
Os 2.000 sem-terra do MST que estão em Maceió foram a um depósito de cestas básicas da Conab promover um saque. Estava vazio. Atacaram um caminhão-baú, mas ele estava descarregado. Para não perder a viagem, fizeram passeata. Pedindo mais cestas do governo.

Sem rancor
O consumo de energia da OAB, que bateu de frente com o governo no debate sobre o apagão, ficou 36% abaixo da meta fixada para a sede em Brasília.

Conhecimento de causa
O Planalto passou a discutir seriamente a intervenção federal no Espírito Santo. Um dos nomes cogitados para interventor é o do deputado federal José Carlos Teixeira (PFL-ES), que foi secretário da Fazenda do governador José Ignácio.

Efeito colateral
Pela Constituição, o Congresso não poderia votar emendas constitucionais enquanto durasse a intervenção no Espírito Santo. A difícil saída discutida no Planalto é aprovar a prorrogação da CPMF em agosto. A intervenção viria depois.

Boca-de-urna
Depois de ouvir críticas de Lula à sua política de comunicação, Olívio Dutra (PT-RS) encheu de panfletos com dados sobre seu governo a comitiva que acompanha o presidenciável petista no Rio Grande do Sul.

Primeira batalha
O PT promove hoje no Rio o primeiro debate entre os seis candidatos na eleição direta à presidência do partido.

Escolha do chefe
Tem uma explicação a agilidade do Planalto na substituição a Alcides Tápias. José Serra queria ver Andrea Matarazzo no cargo. Seria uma boa ponte com o empresariado paulista em ano eleitoral. Mas FHC preferia alguém da sua estrita confiança e nomeou Sergio Amaral.

Conflito religioso
O discurso evangélico de Garotinho desagrada a parte da cúpula do PSB, que defende um partido laico. A ala histórica do partido já defende a retomada da aliança com o PT.

TIROTEIO

Do deputado Luiz Antonio Fleury (PTB-SP), ex-governador de São Paulo, sobre a intenção do governo de transferir o comando das PMs ao Exército:
- O que falta não é comandante de PM, mas governador que tenha autoridade para mandar na polícia e dar um salário justo aos policiais.

CONTRAPONTO

Oposição precoce

O primeiro filho do senador Pedro Simon (PMDB-RS), Tiago, nasceu em 27 de outubro de 1969 em Porto Alegre.
Na época, Simon era presidente do MDB gaúcho e líder do partido na Assembléia.
O trabalho de parto já havia começado, na maternidade, e Simon aguardava com sua família numa sala ao lado.
Enquanto esperava, a família ouvia pelo rádio a posse do general Emílio Garrastazu Médici na Presidência da República, que ocorria naquele momento em Brasília.
Justamente no instante em que o general iniciou o juramento de posse, ouviu-se o primeiro choro de Tiago.
Simon abraçou os parentes para comemorar o nascimento, mas sem esquecer a política:
- Eu nem vi o rosto do Tiago, mas tenho certeza de que puxou o pai. Ele já nasceu protestando contra a ditadura!


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