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Araújo está desaparecido
da Reportagem Local
O técnico em administração
Edson de Araújo está sumido
desde 27 de maio, quando
prestou depoimento no inquérito policial. Seu advogado,
Paulo Campos, disse que "ele
está se preservando, porque
recebeu ameaças".
Segundo Campos, Araújo vai
manter a versão de ter cometido o furto "por ordem de Oswaldo Braglia Júnior", o gerente administrativo do sindicato.
A Folha esteve no endereço
de Araújo, em Santo André,
onde residia com os pais. Sua
mãe, Josefa Anísia de Aguiar,
44, diz que ele nunca deu qualquer pista de estar usufruindo
o produto do furto. "Pelo contrário, pedia até o dinheiro do
ônibus para ir trabalhar."
Araújo justificou a demissão,
em agosto de 97, como um corte de custos na entidade. A mãe
começou a "desconfiar de alguma coisa" quando o via "ficar nervoso com uns telefonemas de gente do sindicato".
Ela teve certeza que "havia
um problema maior" quando
abriu um telegrama de Braglia
Júnior para Araújo, cobrando
a devolução dos documentos e
pedindo explicações. Araújo,
então, contou à família, sempre segundo sua mãe, que desviou o dinheiro "por ordem de
Oswaldo (Braglia Júnior)". O
gerente do sindicato nega.
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