São Paulo, segunda, 27 de julho de 1998

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Araújo está desaparecido

da Reportagem Local

O técnico em administração Edson de Araújo está sumido desde 27 de maio, quando prestou depoimento no inquérito policial. Seu advogado, Paulo Campos, disse que "ele está se preservando, porque recebeu ameaças".
Segundo Campos, Araújo vai manter a versão de ter cometido o furto "por ordem de Oswaldo Braglia Júnior", o gerente administrativo do sindicato.
A Folha esteve no endereço de Araújo, em Santo André, onde residia com os pais. Sua mãe, Josefa Anísia de Aguiar, 44, diz que ele nunca deu qualquer pista de estar usufruindo o produto do furto. "Pelo contrário, pedia até o dinheiro do ônibus para ir trabalhar."
Araújo justificou a demissão, em agosto de 97, como um corte de custos na entidade. A mãe começou a "desconfiar de alguma coisa" quando o via "ficar nervoso com uns telefonemas de gente do sindicato".
Ela teve certeza que "havia um problema maior" quando abriu um telegrama de Braglia Júnior para Araújo, cobrando a devolução dos documentos e pedindo explicações. Araújo, então, contou à família, sempre segundo sua mãe, que desviou o dinheiro "por ordem de Oswaldo (Braglia Júnior)". O gerente do sindicato nega.



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