São Paulo, quarta, 27 de agosto de 1997.



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Presidente faz solenidade especial para argentino

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso abriu ontem uma exceção na tradicional cerimônia de entrega de credenciais a embaixadores estrangeiros e fez uma solenidade exclusiva para o embaixador argentino, Jorge Herrera Vega.
A "deferência especial", como foi definida pelo cerimonial do Palácio do Planalto, acontece uma semana depois do auge da crise entre Brasil e Argentina, motivada pela disputa de uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Itamaraty informou que o novo embaixador brasileiro na Argentina, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, também foi recebido em cerimônia exclusiva pelo presidente Carlos Menem.
Em geral, a cerimônia no Planalto (um ritual que dura no mínimo duas horas) reúne pelo menos três novos embaixadores.
Os Dragões da Independência ficam perfilados na rampa do Planalto, a banda presidencial toca os hinos do Brasil e dos países cujos embaixadores estão recebendo credencial, e a polícia bloqueia a rua em frente.
Ontem, o sofá onde o presidente e o embaixador argentino conversaram por dez minutos foi colocado longe dos fotógrafos, impedindo que a conversa fosse ouvida. Ao lado do presidente ficaram os ministros Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores), Clóvis Carvalho (Casa Civil) e Alberto Cardoso (Casa Militar).
A disposição do governo brasileiro é manter as conversas com a Argentina e continuar defendendo que a vaga no conselho seja permanente e não provisória, como havia proposto o presidente Carlos Menem. O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, afirmou que a disputa não pode interferir nas relações entre os países do Mercosul.



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