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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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PAINEL

Expert no assunto
O PMDB quer o apoio do Planalto para indicar Luiz Otávio para uma vaga no Tribunal de Contas da União. O senador notabilizou-se por ter assinado em 1992 notas frias atestando o recebimento de balsas, financiadas pelo BNDES, que nem chegaram a ser construídas.

Padrinho forte
Aliado de Jader Barbalho, Luiz Otávio (PA) assumiria a vaga do conselheiro do TCU Iram Saraiva, que está se aposentando. O PMDB argumenta que, por tradição, cabe à maior bancada no Senado fazer a indicação. PFL e PSDB dizem que tentarão derrubar a nomeação no plenário.

Sem entrar no mérito
Em 2001, o Conselho de Ética do Senado chegou a analisar abertura de processo contra Luiz Otávio, acusado de participação em crime contra o sistema financeiro. Mas arquivou o caso sob o argumento de que ocorrera antes de o peemedebista assumir o mandato. O senador nega ter recebido a verba.

Diamante oco
O Planalto esvaziou os poderes da presidência do BNDES porque pretendia entregar o comando do banco ao PMDB, com o argumento de que tem mais verbas para investimento do que qualquer ministério. A sigla diz que não interessa mais.

Na poltrona
Líder da bancada do PT no Senado, Tião Viana será o relator da reforma da Previdência na Casa. Mas, apesar das pressões por mudanças, o petista deverá ter pouco trabalho. O governo Lula quer manter o texto do jeito que foi aprovado na Câmara.

Sol da meia-noite
Luiz Piauhylino (PTB-PE), do grupo de avaliação tecnológica na Câmara, vai propor à ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) o fim do horário de verão, que vigora em 12 Estados. Argumenta que a economia de energia (0,5%) não compensa os prejuízos físicos à população.

Fora dos trilhos
As obras do metrô de Salvador foram paralisadas em razão dos atrasos nos repasses da União, que se comprometera a investir R$ 63 mi neste ano. Apenas as equipes de manutenção estão trabalhando (250 funcionários). Quando foram iniciadas, em 2000, empregavam 1.800.

Máquina pública
A proposta orçamentária de 2004, que Guido Mantega (Planejamento) apresentará a Lula hoje, prevê R$ 84 bi para gastos com pessoal -um aumento de 7,69% em relação ao planejado para este ano (R$ 78 bi).

Bandeira enrolada
O Procon de SP vai autuar a CBF por ter descumprido seis pontos do Estatuto do Torcedor em duas partidas do Campeonato Brasileiro neste mês. A multa, a ser definida pela Justiça, pode chegar a R$ 3 milhões.

Timbre dos outros
Os deputados Luiz Antonio de Medeiros (PL) e Júlio Lopes (PP) pediram a João Paulo para usar a grife da presidência da Câmara e dar mais peso ao convite de lançamento da exposição que eles organizaram com produtos falsificados apreendidos.

Banco da benevolência
O Conselho Federal de Psicologia lança hoje o Banco Social de Serviços, pelo qual cadastrará psicólogos para atuar como voluntários em projetos sociais.

Visitas à Folha
Jaime Lerner, ex-governador do Paraná e presidente da UIA (União Internacional dos Arquitetos), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Gilberto Belleza, presidente do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) de São Paulo, de José Carlos Ribeiro de Almeida, da diretoria do IAB, e de Rivaldo Chinem, assessor de imprensa.
 
Décio Nery de Lima, prefeito de Blumenau, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Arno Buerger, chefe de gabinete, do jornalista Ariel Bottaro Filho e de Nicodemus Pessoa, consultor de Comunicação.

TIROTEIO

De Zulaiê Cobra Ribeiro (PSDB-SP), sobre Lula e o programa Fome Zero:
-Lula tem boa intenção, mas esmola não dá condição de vida digna para ninguém.

CONTRAPONTO

Pecado financeiro

O deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO), membro da CPI do Banestado, propôs no início deste mês que a comissão convocasse ex-dirigentes da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para prestar depoimento.
A alegação do petista era de que a CNBB elaborou um documento em 1995 sobre evasão de divisas.
Vários deputados e senadores ponderaram que apenas o documento seria insuficiente para justificar a convocação, mas Valverde insistia na importância dos depoimentos.
Até que o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) pôs fim à discussão:
-Se eles têm algum fato novo, deve ser segredo de confessionário e isso não poderão revelar. E digo mais: se houver algum especialista em mercado financeiro lá na CNBB, aí, sim, tem alguma coisa errada.


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