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Organizado, ato
utiliza canções
para reivindicar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Levando ao ombro uma bandeira da campanha de Lula à
Presidência, a copeira Raimunda Alves, 45, de Santa Luzia
(MG), disse que estava só passeando na Marcha das Margaridas. "Venho passear, aproveitar a oportunidade. Convidaram a gente para vir e viemos.
Ainda está cedo para a gente
julgar o Lula", afirmou ela.
Outra que também empunhava uma bandeira com a inscrição "Agora é Lula" era Nair
Nogueira, 49, alagoana que vive em uma chácara em Brasília.
"Vim pedir para fazerem mais
rápido a reforma agrária."
As margaridas foram divididas em alas temáticas, como reforma agrária e violência sexista, e usavam chapéus coloridos
como forma de identificação.
Em vez das tradicionais palavras de ordem, cantavam músicas de cantores populares.
As faixas, que nos últimos
atos traziam críticas ao governo, eram mais objetivas que irreverentes. "Chega de lona preta para morar, queremos terra
para trabalhar", dizia uma.
Depois de enfrentar três dias
de viagem, Orotilha Antonia de
Souza, 60, de Ministro Andreazza (RO), procurava jornalistas no meio da caminhada
para reclamar de perseguição
política. "Vocês não sabem
quantas pessoas foram perseguidas e demitidas por terem
feito campanha para o Lula."
Pensionista de Cabo Frio
(RJ), Iranil Brota da Silva, 52,
resolveu acompanhar a marcha para entregar a Lula um pedido de emprego para a filha.
"É perigoso, mas queria pelo
menos falar com ele [Lula] para
aumentar o salário mínimo."
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