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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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Organizado, ato utiliza canções para reivindicar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Levando ao ombro uma bandeira da campanha de Lula à Presidência, a copeira Raimunda Alves, 45, de Santa Luzia (MG), disse que estava só passeando na Marcha das Margaridas. "Venho passear, aproveitar a oportunidade. Convidaram a gente para vir e viemos. Ainda está cedo para a gente julgar o Lula", afirmou ela.
Outra que também empunhava uma bandeira com a inscrição "Agora é Lula" era Nair Nogueira, 49, alagoana que vive em uma chácara em Brasília. "Vim pedir para fazerem mais rápido a reforma agrária."
As margaridas foram divididas em alas temáticas, como reforma agrária e violência sexista, e usavam chapéus coloridos como forma de identificação. Em vez das tradicionais palavras de ordem, cantavam músicas de cantores populares.
As faixas, que nos últimos atos traziam críticas ao governo, eram mais objetivas que irreverentes. "Chega de lona preta para morar, queremos terra para trabalhar", dizia uma.
Depois de enfrentar três dias de viagem, Orotilha Antonia de Souza, 60, de Ministro Andreazza (RO), procurava jornalistas no meio da caminhada para reclamar de perseguição política. "Vocês não sabem quantas pessoas foram perseguidas e demitidas por terem feito campanha para o Lula."
Pensionista de Cabo Frio (RJ), Iranil Brota da Silva, 52, resolveu acompanhar a marcha para entregar a Lula um pedido de emprego para a filha. "É perigoso, mas queria pelo menos falar com ele [Lula] para aumentar o salário mínimo."


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