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Corretor revela aplicação
de publicitário em ouro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sócio da corretora Bônus-Banval, Enivaldo Quadrado disse ontem, em depoimento à Polícia Federal, que o empresário Marcos
Valério de Souza investiu R$ 6,5
milhões no mercado de ouro.
O dinheiro foi resgatado -pelo
menos parcialmente- por meio
de transferências eletrônicas cujos destinatários devem ser revelados até a quarta-feira.
Conforme lista encaminhada
por Valério à PF, a Bônus-Banval
teria intermediado o pagamento
de R$ 3,5 milhões a beneficiários
do suposto "mensalão". Quadrado confirma que, a pedido de Valério, ordenou que três pessoas de
sua confiança sacassem R$ 605
mil, entregues ao empresário.
No depoimento, Quadrado nega as acusações, feitas pelo doleiro
Antonio de Oliveira Claramunt, o
Toninho da Barcelona, de que a
Bônus-Banval teria remetido para
o exterior recursos de petistas.
Os investimentos de Valério em
ouro, operados pela corretora, foram feitos sob orientação da empresa Natimar Negócios.
Quadrado, ao longo de seis horas deste segundo depoimento à
PF, contou como teria conhecido
Valério. O ponto de partida foi a
contratação, como estagiária, de
Michele Janene, filha do líder do
PP na Câmara, deputado José Janene (PR). Ao visitar a corretora,
Janene, em conversa com Quadrado, soube que a empresa atravessava dificuldades financeiras.
Janene, então, teria apresentado a
Quadrado o empresário Valério,
que teria demonstrado interesse
em comprar a corretora.
Entre 2003 e 2004, no curso da
negociação que não vingou, Valério teria passado a operar com a
Bônus-Banval e pediu a Quadrado que fizesse os saques.
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