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Rainha anuncia novas invasões após eleições
EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
O dirigente do MST José Rainha
Júnior disse ontem que os sem-terra do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste de SP, devem retomar ações de invasões de
fazendas e de prédios públicos depois das eleições.
O principal objetivo é pressionar o governo do Estado a apressar a demarcação de terras para
reforma agrária. O governo promete entrar até o final do ano com
ações na Justiça para tentar definir o domínio de 170 mil hectares
de terras na região do Pontal.
O MST acha que esse caminho
não resolve o problema imediato
de 1.200 famílias acampadas.
Isso porque, embora abram
possibilidades de acordos, as chamadas ações discriminatórias podem demorar até 20 anos para ter
um desfecho.
Ontem, Rainha passou o dia em
assentamentos, informando os
assentados que deverão receber
até 15 de outubro crédito de R$
3.000 para plantio de mandioca,
conforme ficou acertado em reunião no dia anterior com representantes do governo estadual.
Se faltar dinheiro, "eles saberão
como fazer o dinheiro aparecer",
disse Rainha, sugerindo que haverá mobilização.
A última ação radical dos sem-terra foi a invasão da fazenda Santa Maria, em Teodoro Sampaio
(710 km a oeste de São Paulo), na
semana passada.
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