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JUSTIÇA
Servidores querem aumento de 11,89%; diretor-geral diz que serviços nas eleições não vão ser prejudicados
Funcionários do TSE param por 24 horas
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Servidores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) paralisaram ontem as atividades para pressionar
pela obtenção de aumento salarial
de 11,98%. Eles deveriam decidir à
noite se fariam ou não greve a
partir de hoje, quatro dias antes
das eleições.
O sindicato que representa os
servidores estimou que a adesão
chegou a 80%. Segundo o diretor-geral do TSE, Ney Natal, no máximo 30% não trabalharam. Na Secretaria de Informática, responsável pela preparação do uso das urnas eletrônicas, 20% do pessoal
aderiu, segundo o secretário, Paulo César Camarão.
Ele afirmou que o sucesso da informatização total das eleições
depende mais de cartórios e juízes
eleitorais do que dos técnicos de
informática do TSE, porque as informações sobre o uso da urna já
teriam sido transmitidas a eles.
Muitas seções administrativas
ficaram vazias, mas o diretor-geral negou prejuízo ao funcionamento do tribunal. "O protocolo
ficou um pouco prejudicado, mas
todos os processos de impugnação de candidaturas já foram distribuídos", afirmou Natal no início da tarde. A impugnação de
candidatura é o tipo de processo
que exige tramitação mais rápida.
A normalidade do funcionamento do TSE foi assegurada
principalmente pelo fato de o órgão contar com 300 funcionários
de empresas que prestam serviço
em vários setores. Eles e os servidores que exercem cargo de confiança trabalharam.
Os grevistas fizeram piquetes
nas entradas do prédio do TSE.
Até as 10h, o acesso dos outros
servidores foi bloqueado. Durante o dia, um grupo de grevistas
formou um corredor na entrada
principal. O diretor-geral do TSE
disse que está estimado preliminarmente em R$ 140 milhões o
custo da concessão do aumento
salarial de 11,98%.
Até o fechamento desta edição,
estava em curso uma articulação
envolvendo os grevistas e as áreas
técnicas do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal) em busca
de uma saída que evitasse a greve.
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