São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2000

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JUSTIÇA
Servidores querem aumento de 11,89%; diretor-geral diz que serviços nas eleições não vão ser prejudicados
Funcionários do TSE param por 24 horas

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Servidores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) paralisaram ontem as atividades para pressionar pela obtenção de aumento salarial de 11,98%. Eles deveriam decidir à noite se fariam ou não greve a partir de hoje, quatro dias antes das eleições.
O sindicato que representa os servidores estimou que a adesão chegou a 80%. Segundo o diretor-geral do TSE, Ney Natal, no máximo 30% não trabalharam. Na Secretaria de Informática, responsável pela preparação do uso das urnas eletrônicas, 20% do pessoal aderiu, segundo o secretário, Paulo César Camarão.
Ele afirmou que o sucesso da informatização total das eleições depende mais de cartórios e juízes eleitorais do que dos técnicos de informática do TSE, porque as informações sobre o uso da urna já teriam sido transmitidas a eles.
Muitas seções administrativas ficaram vazias, mas o diretor-geral negou prejuízo ao funcionamento do tribunal. "O protocolo ficou um pouco prejudicado, mas todos os processos de impugnação de candidaturas já foram distribuídos", afirmou Natal no início da tarde. A impugnação de candidatura é o tipo de processo que exige tramitação mais rápida.
A normalidade do funcionamento do TSE foi assegurada principalmente pelo fato de o órgão contar com 300 funcionários de empresas que prestam serviço em vários setores. Eles e os servidores que exercem cargo de confiança trabalharam.
Os grevistas fizeram piquetes nas entradas do prédio do TSE. Até as 10h, o acesso dos outros servidores foi bloqueado. Durante o dia, um grupo de grevistas formou um corredor na entrada principal. O diretor-geral do TSE disse que está estimado preliminarmente em R$ 140 milhões o custo da concessão do aumento salarial de 11,98%.
Até o fechamento desta edição, estava em curso uma articulação envolvendo os grevistas e as áreas técnicas do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal) em busca de uma saída que evitasse a greve.


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