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PESQUISA
Levantamento do Datafolha revela que maioria do eleitorado paulista ainda não sabe em quem votar para a Câmara
59% ainda não escolheram seu deputado
DA REDAÇÃO
Pesquisa Datafolha realizada no
Estado de São Paulo no último dia
20 mostra que 59% dos eleitores
ainda não sabem em quem votar
para deputado federal. Outros 9%
não querem votar em ninguém, e
8% citaram nomes errados (mencionaram candidatos a deputado
estadual) ou inexistentes.
O nome mais citado no levantamento é o de Enéas Carneiro
(Prona), ex-candidato à Presidência em três ocasiões, com 2% das
menções. Aparecem a seguir o
presidente nacional do PT, José
Dirceu (PT), Marcelo Barbieri
(PMDB), Bispo Wanderval (PL),
Luiza Erundina (PSB), Celso Russomanno (PPB) e Valdemar Corauci (PFL), todos com 1%.
O partido mais lembrado é o
PT, com 5% das citações, seguido
do PSDB, com 4%. Prona, PMDB,
PL e PFL têm 2% cada. O PTB,
PSB, PV, PPB e PPS apresentam
1% cada um. Outros partidos, como PDT e PC do B, conseguem alcançar 1% de citações entre os homens, mas não entre as mulheres.
A proporção de indecisos, aliás,
é bem maior no eleitorado feminino: 63% das mulheres ainda
não sabem em quem votar, contra
55% dos homens. Examinando as
faixas etárias, aqueles com 16 a 34
anos exibem indefinição maior
do que os adultos de 35 a 59 anos.
O grau de definição aumenta de
acordo com a escolaridade: dos
eleitores que só têm o primeiro
grau, 62% não sabem em quem
votar. A taxa cai para 59% entre
aqueles que têm o segundo grau e
53% nos que têm curso superior.
A curva por renda apresenta perfil semelhante: o grau de indefinição é de 61%, entre os que possuem renda familiar de até 5 salários mínimos, caindo para 58%,
entre os que vivem com mais de 5
até dez salários, e 58% entre os
que têm mais de 10 salários.
O desconhecimento dos candidatos à Câmara dos Deputados
mostra a importância do trabalho
de boca-de-urna: apesar de 59%
dos eleitores ainda não terem decidido em quem votar, esse percentual deve se reduzir rapidamente até o dia da eleição. Nas
eleições de 1998, por exemplo, de
19.470.578 votos para deputado
federal computados no Estado,
apenas 19,8% foram nulos ou em
branco. E, de cada cinco votos válidos, 80,6% foram destinados aos
candidatos e 19,4% às legendas.
Naquele ano a eleição ainda não
era totalmente informatizada. No
cômputo final, o PSDB elegeu 15
deputados federais, o PT, 14, e o
PPB, 12. Em seguida vinham PFL
(8), PMDB (5), PTB (5), PDT (4),
PSB (2), PL (2), PC do B, PPS e
Prona, cada qual com 1 deputado.
Hoje, com a informatização total
das eleições, o percentual de votos
de legenda deve aumentar.
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