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Grupo nega apoio
a Aldo e quer ir
ao segundo turno
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O que mais chamava a atenção ontem nos corredores da
Câmara era a dificuldade do
Planalto em retirar alguns candidatos do "baixo clero" da disputa pela presidência da Casa,
que começa amanhã às 10h.
Com R$ 500 milhões liberados para emendas ao Orçamento e ministros chamados
ao Planalto para apresentar sua
lista de votos, nada parecia surtir o efeito desejado. O "baixo
clero" continuava resistindo.
Ciro Nogueira (PP-PI), João
Caldas (PL-AL) e Luiz Antônio
Fleury (PTB-SP) negavam
qualquer possibilidade de
composição com o governista
Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Ao longo dia, ontem, houve
até um certo desdém do "baixo
clero" em relação ao governo.
Chamado para uma conversa
com o ministro Jaques Wagner, Caldas se incumbiu de espalhar pela Câmara: "Ele me
chamou. Vou lá só para cumprir tabela". Ele diz que só seguirá dois caminhos: continuar
candidato até o final ou apoiar
outro nome do "baixo clero".
Blefe ou não, o "baixo clero"
quer chegar ao segundo turno:
o grupo não é unido, não tem
um líder único nem faz reuniões. Mas congrega cerca de
400 dos 513 deputados, que raramente aparecem na mídia.
São numericamente poderosos, só que dificilmente são ouvidos. Seguem historicamente
as orientações dos caciques de
seus partidos.
Nos últimos tempos, essa lógica vem se invertendo. Foi assim com Severino Cavalcanti.
Ontem, ninguém era capaz de
dizer o que acontecerá.
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