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Emancipação
é prioridade
O "Programa" tem dois eixos
principais: acelerar a emancipação dos assentamentos (fim
da subvenção do governo) e
cobrar de volta os financiamentos e o preço da terra (com
descontos diferenciados). Não
seriam cobrados os gastos do
Incra com infra-estrutura e
com os estudos de topografia
para o assentamento.
Segundo o documento, há
sob a tutela do Incra 1.636
projetos de assentamento,
com 190 mil famílias estimadas, e 48 projetos de colonização. As colonizações
não precisam de desapropriação prévia, pois as terras são devolutas (sem propriedade definida).
O governo propõe emancipar já -o ministério ainda não definiu a partir de
quando o "Programa" estará valendo- todas as colonizações e um terço dos
assentamentos.
Em três anos ocorreria a
emancipação dos demais
assentamentos. Até hoje,
apenas 42 assentamentos
do Incra se emanciparam. A
última emancipação ocorreu em 81. Pela proposta,
todos os assentamentos
criados até 1996 estariam
emancipados até 2000.
O "Programa" traz medidas que mudariam os critérios de emancipação: o prazo não seria superior a cinco anos a partir da data do
assentamento.
Os assentados teriam até
20 anos para pagar a terra,
com carência de um ano a
partir da emancipação.
Dos assentados a partir do
"Programa", os que morarem no Nordeste terão desconto de 20% no preço da
terra; e os que vivem nas demais regiões, 10%. Para os
assentados até 97, o desconto seria de 40% no Nordeste
e de 20% nas outras regiões.
Seria criada uma fonte de
recursos similar ao FGTS: o
Fundo Nacional de Reforma Agrária e Apoio à Agricultura Familiar, com a finalidade de vincular recursos públicos para o plano.
O projeto prevê a fusão
dos créditos do Procera e do
Pronaf. Seria criado o "crédito de implantação", cujo
valor máximo atingiria R$
13.720 -R$ 720 em crédito
alimentação, R$ 2.000 de
crédito moradia, R$ 10.000
para estrutura do lote e R$
1.000 para custeio.
A assistência técnica ficaria por conta dos municípios. Haveria unificação de
programas federais, que
passariam a ser executados
de acordo com diretrizes
dos (PMDRS) Planos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentado.
Segundo o "Programa",
a Embrapa desenvolveria
projetos de treinamento e
de informação para os assentados, para prepará-los
para a competição.
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