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PARTIDOS
Senador acusado de "mensalinho" abandona PSOL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Geraldo Mesquita
Júnior (AC) anunciou ontem, em
discurso da Tribuna do Senado,
sua desfiliação do PSOL. Ele ficará
fora do partido até que seja esclarecida a denúncia de que cobrava
40% do salário de seus assessores
de gabinete. "Não sou bandido
nem safado. Mas não posso permitir um milímetro de constrangimento ao PSOL." Disse ainda
que pretende voltar ao partido.
A denúncia sobre a cobrança-
conhecida como "mensalinho do
Geraldinho" -foi feita por Paulo
dos Santos Freire, ex-servidor do
senador no município de Sena
Madureira, interior do Acre. Contratado em janeiro de 2004, ele recebia R$ 1.000 mensais, mas tinha
que devolver R$ 410.
Freire apresentou fitas com
conversas gravadas entre ele e
Maria das Dores Siqueira da Silva,
assistente parlamentar de Mesquita. Trechos foram publicados
pelo "Jornal do Brasil" na semana
passada. "Você não foi obrigado a
aceitar. E todo mundo fazia esse
tipo de acordo. (...) Aquilo não era
um contrato. Você sabia disso.
Aquilo era um cargo. E cargo se
negocia", diz Maria da Dores a
Freire, em um dos diálogos.
O deputado federal Orlando
Fantazzini (PSOL-SP) afirmou
que o senador tomou a decisão
correta ao afastar-se. Com mandato até 2011, Mesquita não pretende disputar as eleições do ano
que vem, por isso não precisa estar filiado a qualquer partido.
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