São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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PARTIDOS

Senador acusado de "mensalinho" abandona PSOL

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Geraldo Mesquita Júnior (AC) anunciou ontem, em discurso da Tribuna do Senado, sua desfiliação do PSOL. Ele ficará fora do partido até que seja esclarecida a denúncia de que cobrava 40% do salário de seus assessores de gabinete. "Não sou bandido nem safado. Mas não posso permitir um milímetro de constrangimento ao PSOL." Disse ainda que pretende voltar ao partido.
A denúncia sobre a cobrança- conhecida como "mensalinho do Geraldinho" -foi feita por Paulo dos Santos Freire, ex-servidor do senador no município de Sena Madureira, interior do Acre. Contratado em janeiro de 2004, ele recebia R$ 1.000 mensais, mas tinha que devolver R$ 410.
Freire apresentou fitas com conversas gravadas entre ele e Maria das Dores Siqueira da Silva, assistente parlamentar de Mesquita. Trechos foram publicados pelo "Jornal do Brasil" na semana passada. "Você não foi obrigado a aceitar. E todo mundo fazia esse tipo de acordo. (...) Aquilo não era um contrato. Você sabia disso. Aquilo era um cargo. E cargo se negocia", diz Maria da Dores a Freire, em um dos diálogos.
O deputado federal Orlando Fantazzini (PSOL-SP) afirmou que o senador tomou a decisão correta ao afastar-se. Com mandato até 2011, Mesquita não pretende disputar as eleições do ano que vem, por isso não precisa estar filiado a qualquer partido.


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