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MUSEU OFICIAL
Salas oficiais são reformadas; poltronas e carpete custaram R$ 87 mil
Planalto exibe memórias de Lula
ANA FLOR
LULA MARQUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O gabinete do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o mezanino do terceiro andar do Palácio
do Planalto passaram, nas últimas semanas, por uma reforma
que modificou iluminação, mobiliário e criou no ambiente uma
espécie de memorial pessoal e
político de Lula.
O mezanino, área que funciona
como uma ante-sala do escritório presidencial, recebeu um
conjunto novo de sofás pretos de
couro assinados por nomes famosos do mundo do design.
Além disso, ganhou destaque
uma bancada com tampo de vidro que resguarda as memórias
do presidente Lula e da primeira-dama, Marisa Letícia.
Entre as recordações estão as
fichas de filiação dele e de Marisa
ao PT e uma das primeiras carteiras de filiação ao partido em
São Bernardo do Campo.
Também estão em exposição,
lado a lado, uma cópia do mandado de prisão de Lula, expedido
em 25 de fevereiro de 1981 pela 2ª
Auditoria do Exército, e o termo
de posse como presidente da República. Há ainda fotos do presidente com os filhos recém-nascidos e com a irmã Maria.
Segundo a assessoria da Presidência, os itens pessoais já estavam em exposição no Palácio do
Planalto e apenas ganharam destaque na área de espera de audiências e local onde Lula recebe
convidados e chefes de Estado.
No gabinete presidencial, a
mudança mais perceptível foi na
iluminação, com novos pontos
de luz e lâmpadas direcionadas
para a mesa de trabalho. A mudança seria um pedido de Lula.
O Planalto negou que a primeira-dama tenha pedido a reforma
ou interferido na escolha dos
móveis e adereços.
Segundo a Casa Civil, as novas
poltronas e a troca de carpete
custaram cerca de R$ 87 mil e foram licitados em junho.
O edital da época diz que o objetivo da compra foi substituir
mobiliário "desgastado e danificado ao longo dos anos" para
proporcionar "melhor conforto
às autoridades". O documento
comprova o design das poltronas e sofás ao exigir assinaturas
de nomes como Le Corbusier e
Florence Knoll, para manter "arquitetura clássica, limpa".
As reformas e modificações
nos palácios presidenciais têm
gerado polêmica desde o começo do governo Lula.
No início de 2004, o Palácio da
Alvorada foi tema de polêmica
ao se revelar que a primeira-dama havia pedido a jardineiros da
Presidência que plantassem sálvias vermelhas no formato de
uma estrela -símbolo do PT-
nos jardins.
Além disso, o Alvorada está em
reforma desde dezembro do ano
passado. Patrocinada por empresários, deverá custar mais de
R$ 18 milhões.
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