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COMPRA DE VOTOS
CPI pede que PF force Ronivon a depor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), decidiu ontem pedir ajuda à
Polícia Federal para forçar o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) e o suplente Chicão Brígido
(PMDB-AC) a prestar seus depoimentos à comissão.
"Vou requerer à PF para fazer o
translado [dos depoentes]. Acabou-se a brincadeira. Ou a CPI
exerce o seu poder ou perde seu
valor", disse Lando, demonstrando irritação.
Santiago e Brígido foram convocados pela comissão para esclarecer a denúncia de compra de
votos para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997.
Brígido deveria ter prestado depoimento na terça-feira. Já Santiago, que seria ouvido ontem, faltou pela terceira vez consecutiva.
Nas duas primeiras, afirmou estar
com problemas de saúde.
Desta vez, disse que não poderia
depor porque ontem, quase no
mesmo horário da sessão, a CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) discutiria recurso sobre a
manutenção do mandato dele. Isso acabou não ocorrendo.
Acusado de compra de votos na
eleição de 2002, Santiago tem uma
decisão de cassação expedida pela
justiça eleitoral do Acre. O TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) referendou a decisão e pediu que a
Mesa Diretora da Câmara nomeasse o suplente Brígido.
Segundo Lando, os dois devem
depor amanhã ou segunda-feira.
Acareação
Acareação marcada para hoje
confrontará o ex-tesoureiro do
PT Delúbio Soares, o publicitário
Marcos Valério de Souza e outras
sete pessoas. O ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio de Mello concedeu na
noite de ontem liminar ao habeas
corpus movido por Delúbio. Com
isso, o ex-tesoureiro escapa da
ameaça de ser preso na acareação.
Ele pode ficar calado para não se
auto-incriminar.
Ontem, o relator da CPI do
Mensalão, deputado Ibrahim
Abi-Ackel (PP-MG), explicou que
Delúbio, a gerente da SMPB Simone Vasconcelos e Valério serão confrontados com cada um
dos seis convocados. São eles: José
Luiz Alves, assessor do ex-ministro dos Transportes Anderson
Adauto; Manoel Severino dos
Santos, ex-presidente da Casa da
Moeda; João Cláudio Genu, assessor do PP; Emerson Palmieri, tesoureiro informal do PTB; Jacinto
Lamas, ex-tesoureiro do PL; e o
presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
(ADRIANO CEOLIN)
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