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OUTRO LADO
Ministro-chefe se diz "indignado" com a suspeita
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, afirmou estar "indignado" com a suspeita de que teria agido para favorecer o grupo gaúcho de comunicação RBS.
"Acho isso muito desagradável. Não tive nenhuma participação na elaboração da medida provisória. Nem sequer li o texto da MP antes de ela ser aprovada pelo presidente da República. A simples publicação
dessa matéria vai me causar
problemas", declarou o ministro, por telefone, à Folha.
Parente disse que a Comissão
de Ética Pública está correta em
investigar os fatos. "Ela recebeu
uma denúncia e tem que apurá-la", disse, referindo-se à notícia veiculada pelo site "Carta
Maior", que apontou a suposta
participação do ministro na
elaboração da MP.
"Quanto antes a comissão
apurar os fatos, melhor para
mim, e que venha a público o
resultado", declarou o ministro
da Casa Civil.
Parente ficou irritado ao ser
procurado pela Folha para comentar a investigação. Disse
que tem 31 anos de serviço público "sem um único deslize" e
que as suspeitas de favorecimento ao grupo RBS são "o fim
da picada".
"Estou chateado, indignado,
aborrecido. Apenas levei o texto da medida provisória para o
presidente assinar. Quem discutiu esse assunto com o ministro Juarez Quadros foi o secretário executivo da Casa Civil, Silvano Gianni. Serei prejudicado sem ter culpa no cartório", afirmou.
Comunicações
Parente declarou que o texto
da medida provisória foi redigido pelo Ministério das Comunicações.
Procurado pela Folha, o ministro das Comunicações, Juarez Quadros, limitou-se a confirmar que recebeu ofício da
Comissão de Ética Pública, mas
não comentou as indagações
da comissão.
A assessoria de Quadros disse que ele ainda não enviou as
respostas ao presidente da comissão, João Geraldo Piquet
Carneiro.
O presidente do grupo RBS,
Nelson Sirotsky, também não
quis comentar a investigação.
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