São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toda Mídia

Nelson de Sá

Na Lapa

John Maier - nytimes.com/Reprodução
No "NYT", "cena no Clube dos Democráticos", salão de dança na Lapa, no Rio


Nos textos de viagem ao verão brasileiro que voltam em jornais como "Observer" e "Financial Times", destaque para Natal, Olinda, João Pessoa, Salvador -sob títulos culpados como "Onde a fome lança luz pungente sobre nossa indulgência" de turistas ricos. Daí para o "New York Times", que defende a Lapa da "tempestuosa drag queen negra bissexual Madame Satã", que vive "renascimento" e onde "o crime não é tão ruim" -em oposição à zona sul "dos shoppings".
E entrou à tarde, por Reuters e AP, que "ladrões com rifles e granadas roubaram ônibus cheio de turistas no incidente mais recente de uma onda". Na zona sul.

"FREE PILOTS"
O jornalista Joe Sharkey, do Legacy, segue na campanha pelos pilotos dos EUA, agora no "Times" londrino. E o "NY Post", também de Rupert Murdoch, abraçou a causa.

PARISIENSES
Da Sorbonne, o historiador Luiz Felipe de Alencastro abriu Seqüências Parisienses, blog "sobre o Brasil", com posts comentando desde o escravismo até a anorexia.

O COMBATE
Deu no "Variety", a bíblia da indústria cultural nos EUA, "o combate" na TV paga daqui:
- De um lado, operadoras lideradas por Net e Sky. Do outro, as poderosas Telemar, Brasil Telecom e Telefônica.
Elas vão "se bater" por um mercado que demanda "jogo triplo", com serviços de TV, telefonia e web. No meio do ringue, o governo e as regras.

RAIO DE ESPERANÇA
O "combate" maior é entre a espanhola Telefônica e a mexicana Telmex -que, diz o "Variety", "comprou a Net".
A Telmex, segundo texto do "Financial Times", ontem, enfrenta problemas em casa, onde é virtual monopólio:
- Um raio de esperança brilhou forte quando o novo presidente, Felipe Calderón, nomeou seu ministro das telecomunicações, do PRI, e este disse que o país precisa injetar concorrência em sua economia para ter eficiência.

BOM TRÂNSITO
No "Valor", "o presidente da Telefônica foi destituído [porque] a avaliação do alto escalão era de que ele perdeu poder de interlocução com o governo nos últimos anos".
Ex-secretário-executivo das Comunicações sob FHC, ele dá lugar a outro executivo do governo FHC, mas que foi "escolhido por ter um bom trânsito em Brasília".

PRESSÕES E CONFUSÃO
Não é apenas no âmbito das comunicações (ministério e agência) que "o combate" é pesado. Também no cinema (ministério e agência).
Segundo o site Pay-TV, a sucessão na Agência Nacional do Cinema vive "pressões e confusão" nos "bastidores" -com o "setor industrial", aspas no original, cobrando que não dêem "excessivo poder para o grupo ligado ao Ministério da Cultura".
A novidade é que o "setor industrial" estaria rachado.

ÀS CRIANÇAS POBRES
Ecoou no final de semana, por sites de tecnologia e de jornais, como o "Wall Street Journal", o lançamento do programa de laptops de US$ 100 no Brasil, por Nicholas Negroponte, do Media Lab.
Na pergunta levantada pelo "International Herald Tribune", "quem poderia questionar" um projeto não-governamental voltado para "as crianças mais pobres do mundo", da África à Ásia?
Porém há, sim, "críticos violentos", principalmente da "indústria de tecnologia, questionando que um laptop possa ser feito por US$ 100".
Não importa, os testes com os 50 primeiros começam ainda hoje, aqui mesmo, no Brasil. Sob olhares atentos:
- Empresas como Intel e Microsoft estão correndo com seus próprios projetos.

Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Texto Anterior: Governo paga bem acima do setor privado
Próximo Texto: Para promotor, ligar caso Daniel a política é "má-fé"
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.